Enfermeiros já têm 400 mil euros para financiar nova greve

Os enfermeiros vão suspender a greve nos blocos operatórios, mas só a desconvocam se forem assumidos os compromissos exigidos na reunião marcada pelo Ministério da Saúde para quinta-feira, adiantaram os sindicatos.

Enfermeiros já têm 400 mil euros para financiar nova greve

Os enfermeiros já têm 400 mil euros para financiar uma nova greve. Este sábado, dia 12 de janeiro, a recolha de fundos online, que ajudará a financiar mais uma «greve cirúrgica», ultrapassou os 400 mil euros, a meta pretendida. Às 11h20 de hoje o valor estava nos 400.777 euros.

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Um movimento de enfermeiros lançou uma recolha de dinheiro numa plataforma online para ajudar a financiar os colegas durante a paralisação. Para a nova paralisação a recolha decorre até segunda-feira.

O financiamento colaborativo é o tipo de financiamento de entidades, nomeadamente pessoas coletivas (nas quais se incluem os sindicatos), das suas atividades e projetos com o objetivo de angariar investimento proveniente de investidores individuais.

Greve dos enfermeiros suspensa

O Ministério da Saúde convocou os sindicatos dos enfermeiros para uma reunião na quinta-feira, dia 17 de janeiro, com membros do Governo. Esta era uma das condições impostas por um sindicato para suspender a greve em blocos operatórios, com início agendado para segunda-feira, dia 14 de janeiro, e convocada até 28 de fevereiro.

«Neste momento queremos mostrar que estamos disponíveis para chegar a um entendimento. O Governo cumpriu a sua palavra. Nós, de boa-fé, mantemos a suspensão [até quinta-feira]. Se a greve acontece ou não depende dos resultados da reunião que vai acontecer», disse à Lusa a dirigente da Associação Sindical Portuguesa dos Enfermeiros (ASPE), Lúcia Leite.

Na reunião de sexta-feira, dia 11 de janeiro, os sindicatos não conseguiram que o Governo assinasse o memorando de entendimento proposto pelas estruturas representativas dos enfermeiros. Das exigências propostas, o executivo cedeu a algumas, como a criação da categoria de enfermeiro especialista e o descongelamento das progressões na carreira.

No entanto, afirmou Lúcia Leite, sem um documento assinado na próxima quinta-feira que comprometa o Governo em relação a todas as reivindicações dos enfermeiros a greve não será desconvocada.

A greve convocada poderá afetar blocos cirúrgicos de sete centros hospitalares: os dois centros do Porto, Braga, Vila Nova de Gaia/Espinho, Entre Douro e Vouga, Tondela/Viseu e Garcia de Orta.

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Texto: Redação WIN com Lusa - Conteúdos Digitais

 

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