Diana Fialho vai recorrer da decisão do tribunal

Diana Fialho foi condenada a 24 anos de prisão pela morte da mãe adotiva, Amélia Fialho

Diana Fialho vai recorrer da decisão do Tribunal de Almada e pedir a nulidade do acórdão. A jovem e Iúri Mata, acusados da morte da mãe adotiva da arguida, Amélia Fialho, foram condenados a 24 e a 23 anos de prisão.

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A advogada da suspeita, Tânia Reis, revelou ao Portal de Notícias que vai interpor recurso do acórdão proferido na primeira instância para o Tribunal da Relação de Lisboa cujo prazo termina esta quinta-feira, 29 de agosto. No dia da sentença, 29 de julho, à saída do Tribunal de Almada, a defesa de Diana Fialho demonstrou-se descontente com a decisão do coletivo presidido por Nuno Salpico.

Juiz considera que os arguidos agiram «sem respeito pela vida da vítima»

O juiz descreveu a atuação dos dois arguidos como «escabrosa». «Agiram sem respeito pela vida da vítima.» A maioria dos factos da acusação foram dados como provados. Apenas ficou por provar que Diana Fialho e Amélia Fialho discutiam por causa da relação da arguida com Iúri Mata, e que os arguidos terão pesquisado sobre medicamentos para adormecer e depois matar.

A condenação teve por base as imagens captadas na bomba de gasolina, onde se vê Iúri a comprar gasolina e Diana a adquirir um isqueiro, o facto de o arguido ter acompanhado a Polícia Judiciária e mostrado todo o percurso que terão feito para se livrar do corpo, bem como o local, na Ponte Vasco da Gama, onde se terão desfeito da arma do crime. Esta foi uma diligência tida como ilegal para a defesa dos arguidos, uma vez que na altura em que o Iúri relatou estes factos às autoridades não se fazia acompanhar de um advogado.

Também foram tidos em conta os vestígios de sangue na casa, que «eram de Maria Amélia», refere o juiz. O sangue presente na bagageira do carro também prova que a vítima foi transportada nessa viatura, já depois de morta. Estes são factos que, para o magistrado, mostram a «forma violenta como foi tirada a vida da vítima». Para o Tribunal, os arguidos tiveram uma atitude «exuberante» e «sem qualquer arrependimento» ao participarem de forma fraudulenta às autoridades o desaparecimento da professora do Montijo.

«A arguida, em vez da gratidão de vida, retira a vida à mãe»

As pesquisas, posteriores à morte da vítima, por lugares ermos confirmam uma intenção de planeamento. «A arguida, em vez da gratidão de vida, retira a vida à mãe», disse o magistrado, acrescentando ainda que a arguida foi declarada «indigna». Quer isto dizer que não terá direito à herança da mãe adotiva.

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