Desmantelado o «maior mercado de pornografia infantil». Mais de 300 detidos

O site, intitulado Welcome To Video, operava na dark web e estava baseado na Coreia do Sul.

Desmantelado o «maior mercado de pornografia infantil». Mais de 300 detidos

Pelo menos 337 pessoas de 38 países foram detidas por pertencerem a uma das maiores redes de pornografia infantil na internet, avança esta quarta-feira, 16 de outubro, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos. O site, intitulado Welcome To Video, operava na dark web e estava sediado na Coreia do Sul.

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Maioria das vítimas está por identificar

Esta rede vendia mais de 250 mil vídeos de pornografia infantil através de um sistema de pagamento em bitcoin. Além disso, recorriam a uma tecnologia avançada que ocultava a identidade dos utilizadores. O Departamento de Justiça norte-americano refere, em comunicado, que foram acusadas e detidas pessoas nos EUA, Espanha, Brasil, Coreia do Sul, Reino Unido, Alemanha, Arábia Saudita, Canadá, Irlanda, Austrália, entre outros países. Os vídeos do site já tinham sido descarregado maus de um milhão de vezes. Esta mega operação permitiu resgatar 23 menores nos EUA, Reino Unido e Espanha, mas a maioria das vítimas ainda estão por identificar.

Oito terabytes (oito mil GB) de vídeos de pornografia infantil apreendidos em casa do gestor do site

O gestor deste site, descrito pelo Departamento de Justiça norte-americano como o «maior mercado de pornografia infantil», tem 23 anos e é de origem sul-coreana. Jong Woo Son foi detido no seu país e está a cumprir uma pena de 18 meses. É também alvo de acusações judiciais nos Estados Unidos. As autoridades fizeram a maior apreensão até hoje: cerca de oito terabytes de vídeos de pornografia infantil que estavam na casa de Woo Son. Os restantes detidos encontram-se a cumprir penas de prisão que vão até aos 15 anos, segundo o comunicado.

Descuido do gestor do site permite autoridades desmantelarem a maior rede de pornografia infantil

O site «Welcome To Video» recorria à criptomoeda para comercializar os seus conteúdos, o que permitia ocultar a identidade dos utilizadores durante as transações financeiras. As criptomoedas eram convertidas em pontos que permitiam descarregar os vídeos. A acusação, que data março de 2018, só agora é que foi tornada pública. Apesar de ser não ser possível localizar sites na dark web, um descuido do gestor do site – que revelou acidentalmente o endereço IP do servidor – permitiu que as autoridades desmantelassem a maior rede de pornografia infantil.

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