Os investigadores da Universidade de Haifa, em Israel, descobriram as primeiras imagens de Jesus Cristo, numa das paredes das ruínas da igreja bizantina no deserto de Negey, na aldeia de Shivta, no Sul de Israel. Esta é uma descoberta considerada rara, porque as primeiras imagens cristãs de Jesus são praticamente inexistentes em Israel.

LEIA MAIS: Partilha imagens do funeral da mulher e da filha bebé e pede justiça

Considerado um centro religioso, com três igrejas bizantinas, o local onde foram encontradas as imagens foi declarado Património da Humanindade pela UNESCO, em 2015.

«Estava no lugar certo, à hora certa e com o ângulo certo quando, de repente, vi uns olhos. Era o rosto de Jesus durante o seu Batismo, a olhar para nós», disse a responsável pela investigação, Emma Maayan-Fanar, da Universidade de Haifa.

A imagem encontrada mostra um rosto com cabelos curtos e encaracolados com olhos grandes e nariz alongado. Um retrato diferente das percepções ocidentais em que Jesus Cristo é frequentemente representado. Por norma, é retratado como um homem alto, com cabelos compridos esvoaçantes e pele clara.

«Jesus teria aparência de um homem do Médio Oriente . Em termos de altura, tinha em média 166 cm”, escreveu o investigador sobre o tema no diário irlandês The Irish Times.

Imagem representa o Batismo de Jesus Cristo

Apesar de estas ruínas nunca terem sido estudadas, devido ao avançado estado de degradação, os arqueólogos conseguiram analisá-las e acreditam que a imagem encontrada pode mostrar o Batismo de Jesus Cristo.

O grupo está ainda a analisar as imagens encontradas. Apesar da data exata da obra de arte ainda não ser certa, os cientistas acreditam que tenha sido fundada por volta do século II.  A imagem terá muito provavelmente entre 1.500 e 1.800 anos.

Segundo os investigadores, a descoberta desta pintura é extremamente importante. «É, até ao momento, a única cena do Batismo de Cristo no local da Terra Santa pré-iconoclasta.»

As imagens de Jesus Cristo datadas desta época são muito raras em Israel, uma vez que no cristianismo defendia-se que a criação de imagens religiosas era um pecado semelhante à adoração de ídolos.

LEIA MAIS: Matar uma criança de 2 anos aos 10 «foi o melhor que me aconteceu»

Texto: Redação WIN - Conteúdos Digitais

Siga a Impala no Instagram