Covid-19: Transplante de rim negado a mulher não vacinada

Leilani Lutali viu-lhe ser negado um transplante de rim após ter recusado ser vacinada contra a covid-19 por motivos religiosos.

Covid-19: Transplante de rim negado a mulher não vacinada

Leilani Lutali viu-lhe ser negado um transplante de rim após ter recusado ser vacinada contra a covid-19 por motivos religiosos. A mulher recebeu uma carta a explicar que seria removida da lista de espera para transplantes caso não iniciasse o processo de vacinação no espaço de 30 dias. Apesar de sofrer de doença renal em estágio 5 – que a coloca em risco de vida se não fizer o transplante – a mulher de 56 anos confessou que não queria ser vacinada devido à influência que as células estaminais têm no desenvolvimento das vacinas. As células estaminais são obtidas através de embriões humanos resultantes de abortos. “Como cristã, não posso apoiar nada que tenha a ver com o aborto. A santidade da vida para mim é preciosa”, disse.

O Centro de Transplantes do Hospital da Universidade do Colorado exige que os pacientes que vão ser transplantes sejam vacinados, isto porque doadores não vacinados podem passar o vírus para o recetor. “Alguns estudos descobriram que pacientes transplantados que contraem covid-19 podem ter uma taxa de mortalidade superior a 20%”, acrescentou Dan Weaver, porta-voz daquele centro.

Comprimidos para transplante afetam sistema imunitário

A Associação Americana de Hospitais (AHA, em inglês), que representa perto de cinco mil hospitais, sistemas e redes de saúde nos Estados Unidos, disse não ter dados suficientes sobre o assunto. Confirmou ainda que muitos programas de transplante exigem que os pacientes sejam vacinados contra a covid-19 por culpa do enfraquecimento do sistema imunitário.

Embora qualquer tipo de cirurgia possa afetar o sistema imunitário de um paciente e deixá-lo vulnerável, os utentes que vão receber algum tipo de transplante, ficam ainda mais suscetíveis a uma potencial infeção por consequência da elevada dose de comprimidos que têm de tomar para suprimir o sistema imune e impedir que o corpo rejeite o novo órgão, alertou Nancy Foster, vice-presidente da AHA. “Além disso, se os pacientes só recebessem a vacina depois da cirurgia, seria pouco provável que o sistema imunitário conseguisse o nível de anticorpos necessária”, disse Foster.

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