Condenado a pena máxima por matar amante do namorado

Vítor Santos atraiu amante do namorado para uma armadilha, nas Caldas da Rainha. Esfaqueou-o, atropelou o corpo com o carro e ateou-lhe fogo com gasolina.

Condenado a pena máxima por matar amante do namorado

Vítor Santos, de 33 anos, foi condenado pelo Tribunal de Leiria a 25 de anos de prisão. A pena máxima justifica-se, também, pela «crueldade» do crime. Vítor assassinou à facada, motivado por ciúmes, o alegado amante do companheiro, nas Caldas da Rainha. Depois de esfaquear a vítima, o arguido agora condenado passou com o carro várias vezes por cima do corpo. Depois, ateou-lhe fogo.

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«Crueldade» do crime levou Vítor Santos a ser condenado à pena máxima

A «crueldade» do crime cometido no dia em que a vítima completava 21 anos, terá sido determinante para aplicação de pena máxima, 25 anos. O coletivo de juízes dá como provada a tese da acusação e Vítor Santos fou ainda condenado ao pagamento de 255 mil euros de indemnização aos pais de Ricardo Porfírio. «Na liberdade não há posse de ninguém. É altura de repensar o que é a vida e a posse dos outros», diz o juiz-presidente, Gil Vicente.

«Passou-lhe com o carro por cima várias vezes»

Condenado a pena máxima por matar amante do namorado
Ricardo Porfírio foi assassinado no dia em que fez 21 anos

O crime ocorreu em 15 de abril de 2019. Ficou provado, nas audiências do julgamento, que o arguido se fez passar pelo namorado para combinar um encontro com Ricardo. No local do encontro, Vítor desferiu-lhe uma facada, deixando-o no chão. Depois, «passou-lhe com o carro por cima várias vezes». Deixou o corpo debaixo da viatura e ateou-lhe fogo. O cadáver seria encontrado carbonizado, mais tarde, em Vale do Coto, concelho de Caldas da Rainha.

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«Agiu com crueldade e com prazer de causar sofrimento»

Os juízes consideram que a atuação de Vítor Santos merece «alta censurabilidade» e demonstrando que o arguido «agiu com crueldade e com prazer de causar sofrimento», movido pelo «sentimento de posse» em relação ao companheiro, com quem a vítima estaria num relacionamento. Vítor negou ser o autor do homicídio, mas, diante das provas, o juízes consideraram as alegações não credíveis.

Advogada dos pais da vítima considera que se «fez justiça»

O advogado de defesa, Pedro Alves, ficou surpreendido com a gravidade da pena e tenciona recorrer até às últimas instâncias. «O meu cliente afirma-se inocente e parece-me que é uma pena pesada. Há matérias que vão servir de base ao recurso, para já para a Relação, para afirmar a sua inocência», afirmou o advogado. A advogada dos pais da vítima, Ilda Esperança, considera que se «fez justiça».

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