Condenada injustamente recebe 3 milhões por passar 35 anos na cadeia

Caso de Cathy Woods, condenada injustamente, foi recordado esta semana, pois não consegue recuperar do trauma vivido na cadeia e está reclusa em casa desde 2015.

Em 1980, a norte-americana Cathy Woods foi condenada a prisão perpétua pela morte de Michelle Mitchell, uma jovem de 19 anos. A mulher sempre negou a participação no crime, mas acabou condenada, e passou 35 anos na cadeia. Uma organização norte-americana especialista em rever casos antigos com recurso a provas de ADN não utilizadas analisou o caso e provou a inocência. Os testes de ADN de uma beata de cigarro encontrada no local do crime levaram à identificação de um serial killer conhecido como Assassino de Gypsy Hills. Cathy Woods foi libertada em 2015, com 69 anos, e o Estado pagou-lhe três milhões de dólares pelos danos causados e para que a mulher, já em idade de reforma, pudesse viver o resta da vida.

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Depois de libertada, a condenada não consegue deixar as quatro paredes da casa de um familiar

Contudo, uma grande reportagem emitida esta semana nos  Estados Unidos da América deu a conhecer a vida da mulher. Cathy saiu da prisão em 2015, mas nunca deixou as quatro paredes da casa de familiares. «Vive numa profunda depressão e não entende este mundo moderno. Nunca conseguiu adaptar-se e tem medo de sair à rua. Principalmente por causa do trânsito e do barulho dos carros», conta a irmã. Na mesma reportagem, Cathy Woods confessa ter vontade de regressar à prisão para se sentir «livre». «Eu estou sempre fechada e assim ficarei. O mundo é estranho de mais para mim. Era uma adolescente quando fui presa. Agora, com esta idade, só queria voltar para a minha casa», afirma.

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O caso mais longo de condenação injusta nos EUA

O caso de Woods é aquele com a condenação injusta mais longa dos EUA, segundo o Registo Nacional de Exonerações. O verdadeiro responsável pelo crime, o Assassino de Gypsy Hills, já respondeu pelo assassinado e viu a sua pena acrescida em 50 anos. Já se encontrava a cumprir prisão perpétua.

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