Cientistas criam drone com restos de abacaxi

Grupo de investigadores de Bangi, na Malásia, começou a utilizar restos de abacaxi para desenvolver drone biodegradável.

Um grupo de investigadores de Bangi, na Malásia, encontrou forma inovadora e original de dar uso aos restos de abacaxi: desenvolver um drone biodegradável.

Normalmente as folhas das frutas colhidas na região em questão são queimadas, sendo que este processo contribui (ainda mais) para a poluição do ar. Foi com base nesse efeito negativo que os cientistas locais decidiram colocar ‘mãos à obra’ para encontrar uma solução que fosse mais amiga do ambiente e que, simultaneamente, pudesse aumentar os rendimentos dos agricultores locais.

A invenção é da responsabilidade de Mohamed Hameed Sultan. Professor universitário de profissão, Mohamed passou os últimos três anos a desenvolver este pequeno avião não tripulado. “Estamos a transformar a folha do abacaxi numa fibra que pode ser usada com fins aeroespaciais. Basicamente estamos a inventar um drone”, disse em declarações à agência Reuters.

O engenho pode voar até aos 3.280 pés durante 20 minutos e, talvez o mais impressionante, é biodegradável. Caso se parta ou caia, no espaço máximo de duas semanas os compostos em questão vão, de uma forma orgânica e não prejudicial, fundir-se com o solo.

Para os próximos tempos, a equipa tem planeado desenvolver um drone mais completo, com sensores de imagem, com o objetivo de introduzir funcionalidades mais avançadas que possam ser úteis no desenvolvimento da atividade agrícola local.

“O nosso papel é ajudar a indústria, ajudar os agricultores a aumentar sua produção e tornar os seus trabalhos mais fáceis”, disse William Robert, integrante de um grupo não governamental que ajudou na construção do drone.

Fotos: Reprodução Reuters

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