O caso das três irmãs que mataram o pai abusador com faca e martelo e que podem acabar presas

Três irmãs mataram o pai, depois de anos de abusos físicos e sexuais sofridos, com recurso a faca e martelo. Agora, podem enfrentar até 20 anos de prisão.

Em 2018, Mijaíl Jachaturián chegou a casa chateado, bem como nos outros dias. Nesse dia, o motivo da zanga foi a desarrumação da sala onde tinha visto um cabelo no chão que o deixou furioso. Chamou as três filhas e atirou-lhes gás pimenta. Depois, saiu da sala em direção ao quarto onde resolveu fazer uma sesta. As raparigas, de 17, 18 e 19 anos, esperaram que o pai adormecesse e entraram no quarto. Krestina, Angelina e María atacaram-no com o mesmo gás com que ele as tinha atacado, com uma faca e com um martelo, acabando por matá-lo.

Agora, um ano depois da morte de Mijaíl, as três filhas estão acusadas de homicídio premeditado. No caso das mais velhas, arriscam penas de prisão até 20 anos, já a mais nova, pode apanhar até 10 anos, uma vez que era menor na altura do crime.

Segundo o El País, que cita documentos do Ministério Público, as três jovens viviam momentos de terror naquela casa no bairro de Bibirevo, toda adornada com cruzes e artefactos religiosos. Desde 2015 que as raparigas sofriam abusos físicos e sexuais perpetrados pelo pai, altura em que o homem expulsou a mulher de casa ameaçando matá-la e ela e às filhas.

«Estavam aterrorizadas. Viviam praticamente escravizadas»

Um dos advogados das raparigas,  Alexei Liptser, alegou que as jovens atuaram em defesa própria. «Estavam aterrorizadas. Viviam praticamente escravizadas, num ambiente irrespirável, e temiam pela vida», afirmou.

Krestina, Angelina e María aguardam julgamento em liberdade, mas isoladas. Não podem comunicado entre si, nem com mais ninguém. «Estão bem na medida do possível. Seja na prisão ou isoladas em casa, repetem que, pelo menos, não estão a sofrer torturas todos os dias», disse Alexei Liptser.

O caso gerou uma onda de indignação na sociedade russa. Há milhares de pessoas que se manifestam solidárias com as irmãs, havendo mesmo uma petição, que já conta com mais de 300 mil assinaturas, para que sejam ilibadas.

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