Casal sequestra e esconde filha em parede falsa durante um ano

Casal de Aldoar, no Porto, sequestrou a filha biológica e escondeu-a durante um ano numa parede falsa sempre que autoridades iam procurar a criança.

Casal sequestra e esconde filha em parede falsa durante um ano

Um casal sequestrou a filha biológica na casa onde viviam no bairro de Aldoar, no Porto. Os arguidos – de 43 e de 44 anos – escondiam a criança atrás de uma parede falsa sempre que autoridades ou assistentes sociais iam procurá-la.

Foram condenados a quatro anos e seis meses de prisão. A menor foi adotada quando tinha 11 anos por um casal de Oeiras e foi sequestrada pelos pais biológicos, que têm outros cinco filhos. Esteve desaparecida durante um ano, até ser resgatada pela PSP, em julho.

Casal proibia a filha de sair de casa

A adolescente estava proibida de sair de casa e, antes de ser adotada, tinha sido institucionalizada aos quatro anos, com mais duas irmãs, em 2004, e no processo, julgado no Tribunal de Cascais, as três irmãs deveriam ter sido adotadas em conjunto, o que acabou por não acontecer.

Ficou por isso estabelecida a condição obrigatória de a menor manter contacto com as as irmãs. A pretexto de manter essa ligação, foi convencida a ir ao Porto, para encontrar-se com as irmãs.

No acórdão, citado pelo Cascais24, descreve-se que familiares dos arguidos foram buscar a criança durante a noite, sem conhecimentos dos pais adotivos, e que, desde então, as autoridades perderam o rasto da criança.

Menor será entregue à família adotiva, após preparação psicológica

Apenas saía de casa dos pais acompanhada para ir à catequese. Quando necessitava de ser consultada, os pais davam o nome de uma prima da criança.

A menor esteve sequestrada desde 28 de abril de 2018 e 9 de julho de 2020 e foi resgatada pela Divisão de Investigação Criminal de Cascais, apoiada pela Unidade Especial de Polícia. Estava saudável e nutrida e ficou à guarda da Segurança Social, que a acompanhou psicologicamente para o regresso à família adotiva.

Arguidos terão de indemnizar a menor e o hospital

Os pais biológicos foram condenados ainda ao pagamento de 2 mil euros à menor por danos não patrimoniais e de 2.700 pela assistência médica prestada à criança no Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central.

Imagem: Google Street View

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