Mulher cabecilha de rede de tráfico paga caução e sai em liberdade

Operação da PJ com centenas de buscas visava além da cabecilha da rede de tráfico o líder do gangue de Valbom, ainda procurado.

Mulher cabecilha de rede de tráfico paga caução e sai em liberdade

Paga caução de 5 mil euros e é libertada a mulher apontada como cabecilha de rede de tráfico de drogas alvo de operação da Diretoria do Norte da Polícia Judiciária (PJ). A organização criminosa operava a partir do Porto e movimentando centenas de quilos de haxixe. Na mesma ação, que compreendeu acima de 50 buscas, eram ainda alvos Hélder Bianchi, líder do gangue de Valbom, e outros suspeitos, que as autoridades continuam a procurar.

A apreensão pela PJ do Norte, em julho do ano passado, de 840 quilos de haxixe, no Algarve, destinados a esta rede, descrita pela PJ como grupo criminoso altamente audaz e organizado da região Norte, com ramificações em vários pontos do país” acabou por desencadear as bucas. Foram apreendidos 157.500 euros em dinheiro e duas viaturas de gama alta, umas delas de Hélder Bianchi. A droga era de “grande qualidade” e valia “dois milhões de euros”, aproximadamente. A maior parte destinar-se-ia a ser consumida na região Norte.

Após a apreensão, as investigações prosseguem, pela importância da rede que operava diretamente com traficantes internacionais e mantinha uma estrutura sofisticada. Recolhia a droga em grandes quantidades após desembarques no Algarve e, de acordo com a edição impresa do JN deste domingo, “teria já um esquema de branqueamento dos lucros obtidos com o tráfico assente em estruturas familiares”.

Juiz aceita caução de 5 mil euros e liberta cabecilha por não haver perigo de fuga

A operação arrancou na quinta-feira,17 de junho, pela PJ e envolveu ainda efetivos do departamento de Portimão e GNR. Desenrolou-se no Norte do País, na Grande Lisboa e no Algarve, tendo-se prolongado até este sábado. Foram detidos um homem e uma mulher, apontada pertencendo ao núcleo que chefiava a rede. Foram efetuadas acima de 50 buscas domiciliárias e a outros locais, das quis resultaram a apreensão de 70 mil euros em dinheiro, uma dezena de viaturas, até barcos e outras provas.

A cabecilha, com tripla nacionalidade – portuguesa, angolana e brasileira –, foi detida num hotel perto de de Lisboa. Estava registada sob falsa identidade e, desde a apreensão dos 840 quilos no Algarve, encontrava-se em fuga. Passou por vários países estrangeiros e foi agora finalmente localizada e detida. Um juiz de instrução libertou-a no entanto, sob caução de cinco mil euros, e por considerar que não existia perigo de fuga.

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