Bruno de Carvalho recorda detenção: «Foi o culminar de uma campanha de difamação»

O julgamento face ao processo da invasão à Academia de Alcochete começa no dia 18 de novembro.

Bruno de Carvalho recorda detenção: «Foi o culminar de uma campanha de difamação»

A uma semana do início do julgamento do processo da invasão à Academia de Alcochete, Bruno de Carvalho recordou «o momento mais negro» da sua vida.

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No dia 11 de novembro de 2018, o ex-presidente do Sporting foi detido em casa, onde estava também a sua filha, algo que considera «um ato de terrorismo». «Hoje faz um ano que fui detido em minha casa. Tive de suportar o vexame de, depois de me ter ido apresentar voluntariamente às autoridades e me ter sido negada uma audiência, ser detido no local que eu considerava o mais seguro e sagrado na minha vida: a minha casa», começa por escrever.

«O vexame de ser detido, de o ser com todos os meus vizinhos a serem testemunhas e com os meus pais, no prédio ao lado, a serem logo confrontados com o sucedido. Mas não bastava o vexame, tinham ainda de cometer a maior humilhação que um homem honrado pode sofrer: o ser detido à frente da filha», recorda Bruno de Carvalho, revelando que a menina tinha ido comprar uma árvore de Natal nessa tarde.

«Ainda hoje acordo com pesadelos»

A uma semana do início do julgamento, que acontece a 18 de novembro, o ex-líder dos leões afirma que «ainda hoje» tem pesadelos relacionados com o dia da detenção. «Como de um modelo e ídolo para as nossas filhas passamos, num segundo, para simples criminosos… Ainda hoje acordo, com pesadelos, a recordar o sorriso dela quando entrava em casa a passar a uma cara de pânico e desgosto quando viu o seu pai a ser detido e as suas coisas, no seu quarto, a serem violadas por aqueles que, por detrás de um mandato, não tiveram o mínimo de bom senso, nem de respeito», recorda.

Para Bruno de Carvalho esse ator «foi o culminar de uma campanha de difamação e calúnia». «Foi o momento mais negro da minha vida», termina.

Alegados adeptos encapuzados

No dia 15 de maio de 2018, a equipa de futebol do Sporting foi atacada na academia de Alcochete, por um grupo de alegados adeptos encapuzados. Aos arguidos que participaram diretamente no ataque à academia do Sporting, o Ministério Público (MP) imputa-lhes na acusação a coautoria de crimes de terrorismo, 40 crimes de ameaça agravada, 38 crimes de sequestro, dois crimes de dano com violência, um crime de detenção de arma proibida agravado e um de introdução em lugar vedado ao público.

Bruno de Carvalho, o líder da claque Juve Leo e Bruno Jacinto, ex-oficial de ligação aos adeptos, estão acusados, como autores morais, de 40 crimes de ameaça agravada, 19 de ofensa à integridade física qualificada, 38 de sequestro, um crime de detenção de arma proibida e crimes que são classificados como terrorismo, não quantificados. Mustafá vai responder também por um crime de tráfico de droga.

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