Brumadinho | Bombeiros ainda procuram 93 corpos dois meses após tragédia

Dois meses depois da rutura na barragem da cidade brasileira de Brumadinho, os bombeiros ainda procuram os corpos de 93 pessoas desaparecidas na sequência da tragédia.

Segundo informações divulgadas hoje pelo Corpo de Bombeiros do Estado de Minas Gerais, o número de mortos confirmados em Brumadinho é de 212 pessoas e outras 395 foram localizadas com vida nas operações de salvamento que se seguiram à rutura da barragem. O Corpo de Bombeiros informou também que hoje trabalham nas buscas 129 bombeiros militares, divididos em 23 equipas.

Uma barragem operada pela mineradora brasileira Vale em Brumadinho entrou em rutura em 25 de janeiro, desencadeando uma onda de lama tóxica que destruiu praticamente tudo pelo seu percurso, contaminando rios próximos.

Como resultado, a Vale e outras empresas de mineração estão avaliando o estado de suas instalações no país. Na sexta-feira, a Vale disse que um auditor independente descobriu que uma das suas barragens, na cidade Barão de Cocais, também no estado de Minas Gerais, pode entrar em colapso a qualquer momento. As localidades mais próximas dessa infraestrutura foram evacuadas em fevereiro.

Funcionários novamente detidos no âmbito da trágica ruptura de barragem

Um tribunal criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais revogou a libertação concedida pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) aos 11 funcionários da Vale, proprietária da barragem de Brumadinho, e dois da Tuv Sud, que certificaram a estabilidade da barragem em setembro. Os juízes querem que o seu conhecimento sobre as deficiências observadas nesta estrutura seja esclarecido, e determinar se houve omissão na ativação do plano de ação de emergência após o desmoronamento.

A procuradora Paula Ayres, encarregada da investigação, disse no dia 14 de março ao jornal o Estado de São Paulo que a Vale estava ciente das questões de segurança das barragens desde o final de 2017, algo que a empresa continua a negar.

As 13 pessoas, que regressaram à custódia das autoridades, foram detidas em duas fases

Quatro dias depois do desastre, três funcionários da Vale, a maior exploradora de minério de ferro do mundo, e dois da Tuv Sud, foram detidos, acabando por passar cerca de uma semana atrás das grades. Mais tarde, oito outros funcionários da Vale foram detidos. O presidente da Vale renunciou ao cargo em 02 de março, juntamente com outros três executivos da empresa.

A tragédia ocorreu em 25 de janeiro, quando uma das barragens para limpeza de resíduos minerais em Brumadinho, município mineiro no sudeste do Brasil, sofreu uma rutura e causou um deslizamento de terras que enterrou as instalações da própria empresa e centenas de propriedades rurais.

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