Bebés estão frequentemente a ingerir microplásticos, até no útero

Estudo chocante revela ser praticamente impossível que os bebés e crianças ingiram microplásticos, mas existem coisas que os pais podem fazer.

Bebés estão frequentemente a ingerir microplásticos, até no útero

Um estudo considerado chocante descobriu que existem microplásticos que atravessam a placenta para bebés que ainda estão no útero. De acordo com o trabalho, realizado pela Universidade Norueguesa de Ciência e Tecnologia e publicado na Environmental Health Perspectives, é impossível impedir que bebés e crianças ingiram pequenas partículas de plástico que são encontrados praticamente em todo o lado.

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Os investigadores salientam que os recém-nascidos podem ingerir microplásticos em biberões, brinquedos, tecidos e embalagens de alimentos. Ou mesmo no leite em pó ou no leite materno, algo que merece um estudo mais aprofundado. A partir do momento em que os microplásticos passam para o pó doméstico, é fácil que as crianças os ingiram enquanto estão a brincar ou gatinhar. Sendo que a gravidade está associada ao facto de os microplásticos conterem produtos químicos nocivos.

“Vários estudos sugerem que as crianças de hoje absorvem microplásticos nos seus corpos já na idade fetal”

Não existe uma política universal para o plástico presente em coisas como brinquedos e biberões. O que significa que é impossível precisar com exatidão a quantidade de microplásticos que uma criança ingere. Sendo certo que aqueles que vivem na pobreza acabam por estar mais expostos à poluição do ar, que conta com muitos microplásticos. “Ninguém sabe exatamente quanto microplástico uma criança ingere. Mas vários estudos sugerem que as crianças de hoje absorvem microplásticos nos seus corpos já na idade fetal. Isso é preocupante”, salienta Kam Sripada, uma das autoras do trabalho. “As crianças não têm um sistema imunológico totalmente desenvolvido e estão numa fase muito importante do desenvolvimento do cérebro. Isso torna-os particularmente vulneráveis”, acrescenta.

Kam Sripada refere ainda que “os nano e microplásticos são tão minúsculos que podem penetrar profundamente nos pulmões e também atravessar a placenta. Ao mesmo tempo, transportam produtos químicos perigosos. É por isso que acreditamos que os nano e microplásticos podem ser um risco para a saúde das crianças.”

O que os pais podem fazer?

Perante este cenário, o que os pais podem fazer para amenizar esta situação? Os especialistas recomendam que exista uma redução da quantidade de plástico a que estão expostos. Algo que pode ser feito, por exemplo, recorrendo a alimentos embalados com a menor quantidade de plástico. A isto junta-se a limpeza da casa com produtos que contenham menos plástico. E, quando se fazem renovações na habitação, optando por materiais de construção que não tenham PVC ou outros plásticos.

Texto: Bruno Seruca; Fotos: Shutterstock

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