Luciana Tovar Gómez foi uma bebé muito desejada. Os pais souberam ainda no decorrer da gravidez que viveria pouco tempo. Tinha um cromossoma extra que lhe iria provocar problemas graves de saúde, principalmente no coração. A mãe da menina também esteve em risco, pois desenvolveu diabetes gestacional e tensão alta, que limitavam a passagem de oxigénio para a filha. Apesar do quadro de risco, Alejandra Gómez e o marido, Andrés Giraldo, decidiram avançar com a gravidez. A menina nasceu com vários condicionamentos e cardiopatia grave. No dia do parto, a equipa médica ficou surpreendida com a vontade de viver da pequena Luciana. A bebé agarrou-se à vida e foi superando cada dificuldade. Contudo, o coração continuava a deixar amigos e familiares em sobressalto. A menina teve várias paragens cardiorrespiratórias até aos três anos. «Ela foi uma guerreira do princípio ao fim. Nunca a via infeliz, nem mesmo quando tinha dores. Muitas vezes pensei que ela era invencível», conta Alejandra Gómez.

Mãe da bebé decidiu que a sua experiência devia servir para fazer um bem maior

Nestes anos que a progenitora passou ao lado da filha, decidiu que a sua experiência devia servir para fazer um bem maior e que a vontade de viver de Luciana podia inspirar outras famílias. Criou, assim, O Exército de Deus de Luciana (um anjo que nasceu com um cromossoma extra) e ajudou a angariar milhares de euros. Luciana Tovar Gómez morreu o ano passado nos braços da mãe, na Colômbia, mas «todos os dias é lembrada através do exército de pessoas que estão a ajudar outros anjos». «Já me perguntaram várias vezes se náo me arrependo de não ter abortado. Nunca tal me passou pela cabeça. Estes três anos que tive com a minha princesa foram os melhores da minha vida. A Luciana nasceu para fazer do mundo um lugar melhor», afirmou a mãe. A Fundação Asisco uniu-se aos pais de Luciana e está a ajudá-los a organizar o ‘exército’ que criaram.

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