Autoras de homicídio e desmembramento começam hoje a ser julgadas

O Tribunal de Portimão começa esta quarta-feira a julgar duas mulheres suspeitas de terem matado um jovem, em março de 2020, no Algarve. Tentaram extorquir-lhe o dinheiro que tinha recebido de indemnização pela morte da mãe.

Autoras de homicídio e desmembramento começam hoje a ser julgadas

O Tribunal de Portimão começa esta quarta-feira, 24 de fevereiro, a julgar Maria Malveiro e Mariana Fonseca, suspeitas de terem matado um jovem, em março passado, no Algarve.

As arguidas, uma enfermeira e uma segurança, estão acusadas pelo Ministério Público (MP) dos crimes de homicídio qualificado, profanação de cadáver, dois crimes de acessos ilegítimo, um de burla informática, roubo simples e uso de veículo.

Segundo a acusação, as mulheres terão atraído Diogo Gonçalves, de 21 anos, para casa de uma delas, onde o mantiveram sequestrado com o objetivo de lhe extorquirem dinheiro, já que este tinha recebido 70 mil euros de indemnização pela morte da mãe, atropelada em 2016.

De acordo com o MP, as arguidas, Mariana Fonseca, de 24 anos, e Maria Malveiro, de 21 anos, “terão ido a casa da vítima, um engenheiro informático, situada na área de Silves, onde lhe terão dado disfarçadamente fármacos para o adormecerem e lhe terão apertado o pescoço até o matarem”.

Cadáver foi cortado e colocado em sacos de lixo

Depois de terem retirado de casa do jovem vários objetos de valor, incluindo o seu telemóvel, levaram-no “no seu próprio carro até casa das arguidas, situada na zona de Lagos”. Depois, deixaram o carro estacionado nas imediações do prédio onde viviam, com o cadáver na bagageira, e foram dormir.

Em 21 de março, as suspeitas alegadamente desmembraram “o cadáver da vítima”, guardando-o “em vários sacos de lixo“, que nos dias seguintes “atiraram por uma arriba, em Sagres e esconderam na vegetação, em Tavira”.

Menos de uma semana depois, a 27 de março, partes do corpo do jovem foram encontradas na zona do Pego do Inferno, em Tavira, e perto da Fortaleza do Beliche, em Sagres. Poucos dias, depois, em 2 de abril, a Polícia Judiciária deteve as duas mulheres.

O MP indicou que, ao longo desses dias, as arguidas terão feito levantamentos e pagamentos com o cartão de débito e com o telemóvel da vítima.

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