Autista recebe 48 mil euros dos escuteiros por discriminação

Menino de 11 anos recebeu cerca de 48 mil euros dos escuteiros por ter sido «discriminado por ter autismo».

Ben Gleeson, de 11 anos, terá recebido cerca de 48 mil euros dos escuteiros como compensação por ter sido, alegadamente, discriminado em atividades de escutismo por ter autismo. Os pais do adolescente, de Hertfordshire, em Inglaterra, afirmam que Ben foi excluído das atividades e que lhe terão dito que «não podia ir para o acampamento sem supervisão». Beverly, a mãe, queixa-se de que foi o equivalente a «bani-lo com tantas restrições». Após as queixas dos pais, a Associação de Escuteiros pediu desculpa e iniciou um inquérito. O menino autista juntou-se ao grupo Harpenden em janeiro, depois de ser membro dos Beavers, e os pais afirmam que nesse grupo foi explicado aos líderes o que era o autismo. Sugeriram, também, formas de o acalmar caso ficasse transtornado.

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Ben tem dificuldade em adaptar-se a mudanças

Depois de ficar tenso por não encontrar um par de ténis, no grupo Harpenden, e ter-se recusado a participar numa corrida, em que se mete uma colher na boca com um ovo em cima, por ter fobia de colheres, os líderes do grupo de escuteiros tomaram medidas. Os pais foram informados de que o menino não poderia viajar com os restantes escuteiros e que precisava de supervisão em todos os eventos. Beverly não aceitou a decisão. «Quase todos os eventos tiveram de ser supervisionados individualmente. O que, na minha opinião, não foi inclusivo. Senti que ele não precisava disso. Ele não tinha esse nível de supervisão na escola. Cometeu um erro e logo a seguir mudaram as regras e regulamentos.»

Criança autista recebeu indemnização

As declarações foram dadas à BBC e Ben também se justificou. «Foi muito assustador. Os meus amigos estavam lá e eu estava a gostar.» Depois de o grupo de escuteiros averiguar o que tinha acontecido, chegaram a uma decisão. «A forma como se lidou com o caso do Ben foi completamente inaceitável.» O grupo Harpenden pediu desculpa pela situação e vai ajustar o comportamento com treino especial para voluntários adultos. O caso foi resolvido fora de tribunal e os Gleesons doaram parte do dinheiro para uma instituição de caridade local, enquanto a parte de Ben está num fundo fiduciário.

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