Archie morre após máquinas de suporte vital serem desligadas

“Aconteça o que acontecer, acho que vou ouvir aquelas máquinas para o resto da minha vida”, disse a mãe de Archie.

Archie morre após máquinas de suporte vital serem desligadas

Depois do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem ter negado à família de Archie Battersbee a transferência do menino de 12 anos para uma unidade de cuidados paliativos, a família foi informada de que as máquinas que sustentam a vida de Archie seriam desligadas neste sábado. E assim foi. Às 12h15 o suporte foi desligado. “Há um mês, as máquinas apitavam constantemente, o que significava que estavam a detetar problemas, mas acalmaram muito no último mês”, revelou a mãe, Hollie Dance, afirmando que achou que estava a haver “progresso”.

Em declarações ao Daily Mail, onde descreve o dia-a-dia no hospital, garante ter feito tudo o que podia e que todos os esforços foram por amor. “Aconteça o que acontecer, acho que vou ouvir aquelas máquinas para o resto da minha vida”, sublinhou. A família foi informada de que as máquinas de suporte de vida da criança seriam desligadas neste sábado de manhã e passaram a última noite com o filho no hospital. Em declarações à Sky News, afirmou ainda que o hospital “deixou bem claro que não havia mais opções”. “Fiz tudo o que prometi ao meu filho que faria”, acrescentou.

Após ver o último recurso apresentado ao Tribunal de Recurso, em relação à decisão do Supremo Tribunal inglês de não permitir a transferência do pequeno Archie para uma unidade de cuidados paliativos, para “passar os últimos momentos com a família”, os pais do menino britânico – que está em coma profundo e em morte cerebral desde abril – não desistiram e fizeram um novo recurso, desta vez ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, que também foi negado.

Mãe admitiu fazer respiração boca a boca

Há suspeitas de que o menino estivesse a participar num desafio suicida no TikTok quando se deu a tragédia. O fundo Barts Health do Sistema Nacional de Saúde do Reino Unido, que gere o hospital onde Archie está internado, tinha já explicado nesta quinta-feira que os médicos defendem que “há riscos consideráveis” com a transferência da criança. “Na condição instável que está, a transferência de ambulância para um ambiente completamente diferente pode acelerar a deterioração prematura que a família quer evitar, mesmo com equipamento e staff dedicado durante toda a viagem”, explicam os responsáveis. O hospital acrescenta que o Tribunal decretou que Archie deve permanecer no hospital quando os tratamentos lhe forem retirados e as máquinas desligadas.

A mãe de Archie disse anteriormente que temia o pior: que o filho não tenha direito a oxigénio paliativo quando as máquinas de suporte de vida forem desligadas, como aconteceu em 2018, no caso de Alfie Evans. Nessa altura, a família do menor fez-lhe respiração boca a boca. A mãe de Archie assume estar disposta ao mesmo, numa altura em que um grupo religioso que representa a família já formalizou o pedido para que o oxigénio não seja retirado à criança.

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