Ângela Ferreira sabe a 13 de maio se pode engravidar do marido morto

Lei para permitir inseminação artificial post morten já tem data para votação no Parlamento. Ângela sabe a 13 de maio se pode engravidar do marido morto.

«Uma notícia que chega no dia da mãe e com data para 13 de maio! Nada na vida acontece por acaso. Obrigada! Obrigada a todos vocês e obrigada ao Universo por este presente maravilhoso! Beijinho muito grande. Falta pouco!» Foi desta forma que Ângela Ferreira informou de que está prestes a concretizar o sonho de engravidar do marido morto e que a sua luta está a chegar ao fim.

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Viúva de Hugo está prestes a cumprir o sonho de engravidar do marido morto

História de Ângela e Hugo emocionou o País e criou uma onda de apoio

A história de Ângela e Hugo emocionou o País e criou uma onda de apoio que resultou numa petição assinada por 20 mil pessoas, as assinaturas necessárias para levar a proposta à Assembleia da República. A história de amor entre Ângela e Hugo ficou conhecida no início deste ano, após uma reportagem da TVI. A felicidade do casal, que pretendia ter um filho, foi interrompida quando Hugo foi diagnosticado, novamente, com cancro. Apesar da doença e da certeza de que perderia a vida, o jovem, de 29 anos, continuou a querer cumprir o sonho de ser pai e autorizou a mulher a fazer uma inseminação artificial, mesmo que o tratamento surgisse tarde de mais para que pudesse conhecer o filho.

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Hugo morreu em 25 de março de 2019, 12 horas depois de ter casado

Hugo perdeu a luta contra o cancro a 25 de março de 2019, apenas 12 horas depois de ter casado, no Hospital São João. Após a dolorosa perda, Ângela quis avançar para a inseminação artificial, mas foi travada pela lei da procriação medicamente assistida vigente em Portugal. Não era possível fazer o tratamento após a morte do marido. Não baixou os braços e avançou com uma petição para alterar a lei. Conseguiu as 20 mil assinaturas necessárias para a votação da alteração na Assembleia da República e obteve o apoio da maioria dos partidos. A votação, cuja data já tinha sido marcada para o dia 20 de março, foi cancelada por causa da pandemia da covid-19. Foi remarcada para o próximo dia 13 de maio. Nesse dia, Ângela poderá ter o seu ‘milagre’ autorizado.

Texto: Cynthia Valente

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