Alerta | Carne picada à venda nos talhos é um «cocktail de bactérias e sulfitos»

A associação de defesa do consumidor analisou a carne picada dos talhos e apela aos consumidores para que evitem comprar este produto. Pode conter bactérias e ingredientes adicionais.

Alerta | Carne picada à venda nos talhos é um «cocktail de bactérias e sulfitos»

A última análise à carne picada presente em talhos, realizada pela DECO, revela que este produto constitui ainda um perigo para a saúde. A associação de defesa do consumidor conclui que a carne picada à venda nos talhos é um «cocktail de bactérias e sulfitos».

Segundo o estudo, foram recolhidas e analisadas, em outubro de 2018, 20 amostras de carne picada. Do total, 15 chumbaram nos testes devido à presença de bactérias prejudiciais à saúde, ingredientes de origem vegetal e sulfito.

Para além da qualidade má, dos 20 talhos analisados, 17 preservavam a carne a temperaturas superiores às previstas pela lei, que são 2.ºC. Segundo o responsável pela investigação, Nuno Lima Dias, citado pelo Diário de Notícias, a carne picada é colocada, na maioria das vezes, num sistema de refrigeração que acaba por ser muitas vezes aberto, podendo chegar aos 9.ºC, levando à «à rápida deterioração de um alimento já de si muito sensível».

«Como se explica o desrespeito pela lei?»

A DECO critica a fiscalização feita pela ASAE, considerando tratar-se de um trabalho «limitado» e baseado em multas «pouco dissuasoras».

Nuno Lima Dias afirma, à mesma publicação, que tem havido um desrespeito pela lei: «Em 2013, quando nos confrontámos com os resultados do primeiro teste à carne picada, o problema era desconhecido. E agora? Como se explica o desrespeito pela lei?».

Os resultados da análise realizada em 2018 apresentam uma evolução em relação a 2017. Houve uma queda de sulfitos – caiu dos 80% para 75%. O uso de ingredientes de origem vegetal desceu de 32% para 20%. E a preservação de carne a temperaturas excessivas melhorou dos 100% para os 85%.

No entanto, comparando com o ano de 2013, os valores pioraram (eram, respetivamente, 59%, 6% e 76%).

O estudo sublinha que «os talhos e os organismos de controlo ainda têm muito trabalho a desenvolver». Por isso, a DECO recomenda que todos os consumidores mandem cortar a carne no momento da compra.

Segundo a Deco, que analisam carne picada desde 2013, conclui que esta continua sem qualidade. O estudo da associação de defesa do consumidor revela que «quem vende carne picada tem a sua quota-parte de responsabilidade na situação».

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