Ucrânia: Zelensky pede armas ao Parlamento sul-coreano

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, pediu hoje à Coreia do Sul que envie armas ao Exército da Ucrânia para combater os russos, num discurso transmitido por vídeo no Parlamento sul-coreano.

Ucrânia: Zelensky pede armas ao Parlamento sul-coreano

“A República da Coreia pode ajudar a Ucrânia. O país tem meios militares que podem ajudar a deter os aviões e os mísseis russos”, disse Zelensky num discurso em ucraniano com tradução simultânea para o coreano. Zelensky saudou a ajuda material recebida até agora da Coreia do Sul, mas insistiu que o seu país precisa de armas, incluindo aviões e tanques, para resistir à invasão. “Se a Ucrânia receber essas armas, isso não apenas salvará a vida de pessoas comuns, mas representará uma oportunidade para salvar a Ucrânia, e não apenas a Ucrânia, mas também para garantir que outros países não sejam atacados pela Rússia”, acrescentou o Presidente ucraniano num discurso que durou cerca de quinze minutos.

Encontrada nova vala comum com civis na região de Kiev após retirada de tropas russas
Uma nova vala comum com mais civis mortos foi encontrada perto da cidade de Buzova, na região de Kiev, disse hoje o presidente da comunidade de Dmitrov, Taras Didych.

Volodymyr Zelensky insistiu que a Rússia “não planeia apenas ocupar a Ucrânia” como, “depois da Ucrânia, a Rússia certamente atacará outros países”. “Todos os países têm direito à independência. Todas as cidades têm o direito de viver em paz. Todas as pessoas têm o direito de não morrer na guerra. É por isso que estamos a lutar. É isso que lhes peço, que se unam a nós para enfrentar a Rússia”, concluiu. Após o seu discurso, foi exibido um vídeo sobre os ataques em Mariupol, que mostraram a devastação e os efeitos na população local. O discurso de Zelensky ocorreu horas após o ministro da Defesa sul-coreano, Suh Wook, insistir novamente que Seul não tem intenção de enviar armas letais, sempre citando a “situação de segurança” da Coreia do Sul. Até agora, segundo o ministro sul-coreano, o país asiático enviou cerca de 800 milhões de dólares em suprimentos militares não letais, incluindo coletes à prova de balas, capacetes, cobertores ou produtos médicos.

A guerra começou em 24 de fevereiro, quando Moscovo invadiu a Ucrânia após ter concentrado dezenas de milhares de tropas no lado russo da fronteira com o país vizinho, bem como do lado da Bielorrússia, um país aliado de Moscovo. Desde então, os combates mataram milhares de civis e militares, num balanço ainda por confirmar, e destruíram várias cidades e infraestruturas na Ucrânia. Mais 11 milhões de pessoas fugiram dos seus locais de residência, incluindo 4,5 milhões para os países vizinhos. Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). As Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária. A comunidade internacional reagiu à invasão da Ucrânia com sanções económicas e políticas contra a Rússia e o fornecimento de armas e de apoio humanitário às autoridades de Kiev.

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