UE avança com ajuda de emergência de 1,2 mil ME para Ucrânia manter soberania

A Comissão Europeia anunciou hoje um pacote de ajuda de emergência à Ucrânia de 1,2 mil milhões de euros, visando manter este país “livre e soberano” e apoiar Kiev nestas “circunstâncias difíceis”, perante a ameaça russa na fronteira ucraniana.

UE avança com ajuda de emergência de 1,2 mil ME para Ucrânia manter soberania

“A Comissão propõe um novo pacote de assistência macrofinanceira de emergência de 1,2 mil milhões de euros, que ajudará a Ucrânia a resolver as suas necessidades de financiamento devido ao conflito”, anunciou a líder do executivo comunitário, Ursula von der Leyen. Numa altura em que a Ucrânia denuncia a concentração de um grande número de tropas russas perto da fronteira ucraniana, Ursula von der Leyen vincou, numa declaração em vídeo à imprensa, que a União Europeia (UE) “mantém-se ao lado da Ucrânia nestas difíceis circunstâncias”. “Deixem-me ser clara mais uma vez: a Ucrânia é um país livre e soberano e faz as suas próprias escolhas e a UE continuará a estar ao seu lado”, reforçou a responsável.

Para avançar com esta ajuda de emergência, Ursula von der Leyen disse contar com o Conselho e o Parlamento Europeu para adotar este pacote “o mais rapidamente possível”, para Bruxelas depois proceder ao “desembolso rápido de uma primeira parcela de 600 milhões de euros”. Além desta medida, a UE pretende “quase duplicar este ano a sua assistência bilateral à Ucrânia em subvenções”, visando então atribuir mais 120 milhões de euros, medida que visa “reforçar os esforços de construção do Estado e de resiliência da Ucrânia”. Desde 2014, a UE e as instituições financeiras europeias já atribuíram mais de 17 mil milhões de euros em subvenções e empréstimos à Ucrânia, tendo ainda criado um plano de investimentos para o país que visa mobilizar um total de seis mil milhões de euros.

A Ucrânia e a NATO têm denunciado, nos últimos meses, a concentração de um grande número de tropas russas perto da fronteira ucraniana, considerando tratar-se da preparação de uma invasão. Os ocidentais receiam uma invasão russa do território do país vizinho, como a de 2014 que culminou na anexação da península ucraniana da Crimeia. O Kremlin (Presidência russa) rejeita ter uma intenção bélica nestas manobras.

Hoje, os chefes de diplomacia da União Europeia, entre os quais o ministro Augusto Santos Silva, discutem a tensão no Leste da Europa, à luz do conflito entre Ucrânia e Rússia, num Conselho, em Bruxelas, no qual participa por videoconferência o chefe da diplomacia norte-americana, Anthony Blinken. Hoje de manhã, o chefe da diplomacia europeia afirmou que a UE não está a pensar ordenar a retirada do seu pessoal diplomático da Ucrânia, a menos que o secretário de Estado norte-americano partilhe hoje “mais informação” que justifique tal medida.

Em declarações à chegada de uma reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, em Bruxelas, o Alto Representante da União para a Política Externa e de Segurança, questionado sobre a decisão de Washington de ordenar a retirada das famílias dos diplomatas dos Estados Unidos colocados em Kiev, comentou que não se deve “dramatizar”. A reunião de hoje ocorre poucas horas depois de a administração norte-americana ter ordenado que as famílias dos diplomatas dos Estados Unidos colocados em Kiev abandonem a Ucrânia, “devido à ameaça persistente de uma operação militar russa”.

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