Ucrânia: Suspensa embaixada dos EUA em Minsk e autorizada saída voluntária de Moscovo

O Departamento de Estado norte-americano anunciou hoje ter “suspendido as operações” na sua embaixada na Bielorrússia e “autorizado a saída voluntária” do pessoal diplomática em Moscovo.

Ucrânia: Suspensa embaixada dos EUA em Minsk e autorizada saída voluntária de Moscovo

O Departamento de Estado norte-americano anunciou hoje ter “suspendido as operações” na embaixada dos Estados Unidos da América em Minsk, na Bielorrússia, e “autorizado a saída voluntária” do pessoal não essencial e das famílias da representação diplomática em Moscovo.

A medida surge em reação à invasão da Ucrânia pela Rússia, na semana passada. “Tomamos estas medidas devido a problemas de segurança resultantes do ataque não provocado e injustificado das forças militares russas na Ucrânia”, declarou o chefe da diplomacia dos Estados Unidos da América (EUA), Antony Blinken, em comunicado. “Não temos qualquer prioridade mais importante do que a segurança dos cidadãos americanos”, sublinhou.

A Bielorrússia organizou no domingo um referendo que elimina a obrigação de a ex-república soviética aliada da Rússia permanecer uma “zona sem armas nucleares”, uma mudança denunciada pelos ocidentais.

Os EUA fecharam já a embaixada em Kiev, face à iminência de uma intervenção armada russa, e exortaram há semanas os seus cidadãos a deixarem a Ucrânia. Uma pequena equipa diplomática encarregada da Ucrânia opera de forma intermitente desde Lviv, oeste do país, perto da fronteira com a Polónia.

O Departamento de Estado apelou também em meados de fevereiro aos norte-americanos para abandonarem imediatamente a Bielorrússia, onde os russos instalaram forças militares massivamente. O funcionamento das embaixadas dos EUA em Minsk e em Moscovo já estava a abrandar, após uma série de expulsões recíprocas de diplomatas que remontam, em alguns casos, a vários anos.

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já mataram mais de 350 civis, incluindo crianças, segundo Kiev. A ONU deu conta de mais de 100.000 deslocados e quase 500.000 refugiados na Polónia, Hungria, Moldávia e Roménia.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a “operação militar especial” na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário. O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de armas e munições para a Ucrânia e o reforço de sanções para isolar ainda mais Moscovo.

 

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