Ucrânia: Costa salienta importância de manter abertos canais de diálogo com a Rússia

O primeiro-ministro considerou hoje essencial que se mantenham abertos os canais de diálogo com a Rússia, acentuando que “a última coisa que se deseja” é um corte de relações diplomáticas com o regime de Moscovo.

Ucrânia: Costa salienta importância de manter abertos canais de diálogo com a Rússia

Esta posição foi transmitida por António Costa, em conferência de imprensa, em São Bento, depois de ter estado reunido com os ministros de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, e com o chefe do Estado Maior General das Forças Armadas, almirante Silva Ribeiro. “A última coisa que se deseja é qualquer corte das relações diplomáticas e, em qualquer circunstância, os canais de diálogo devem ser mantidos em aberto”, sustentou o líder do executivo. De acordo com o primeiro-ministro, “a grande resposta a esta crise” entre a Rússia e a Ucrânia, “deve ser mesmo a solução diplomática e não da confrontação”.

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Em relação à ação militar hoje desencadeada pela Rússia no leste da Ucrânia, António Costa afirmou que a resposta de Portugal e dos seus aliados deve passar por “uma condenação veemente” e por uma “resposta militar de dissuasão para evitar a escalada deste conflito e a sua expansão aos países membros da NATO”. “Mas devemos manter, a todos os níveis, os esforços diplomáticos para que o direito internacional seja assegurado, a integridade territorial da Ucrânia seja respeitada, as ações militares cessem e as tropas russas regressem ao seu próprio território, garantindo a paz e a segurança no conjunto da Europa”, frisou o primeiro-ministro.

Perante os jornalistas, António Costa insistiu que a Rússia tem de parar o ataque, retirar as suas forças, dando espaço para que o diálogo diplomático prossiga de forma a “garantir a paz e a segurança no conjunto da Europa e naturalmente também na Rússia”. Sobre as propostas que o Governo levará à reunião de hoje do Conselho Superior de Defesa Nacional, convocado para as 12:00 pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o primeiro-ministro não as especificou, mas deixou a seguinte nota: “Ao longo destas semanas, temos atuado sempre em articulação permanente com o Presidente da República, mantendo informado o principal partido da oposição”.

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