Ucrânia alerta para prováveis ataques com mísseis russos

O estado-maior do exército ucraniano alertou para “alta probabilidade de ataques com mísseis” por parte da Rússia, no dia em que Moscovo organiza tradicional desfile militar

Ucrânia alerta para prováveis ataques com mísseis russos

O estado-maior do exército ucraniano alertou hoje para a “alta probabilidade de ataques com mísseis” por parte das tropas russas, no dia em que em Moscovo vai decorrer um tradicional desfile militar. O exército ucraniano disse que a Rússia destacou cerca de 19 batalhões táticos na região russa de Belgorod, junto à fronteira com a Ucrânia. Os batalhões incluem cerca de 15.200 soldados, tanques, baterias de mísseis e outro armamento, disse o estado-maior. Segundo uma publicação nas redes sociais, em áreas da região de Zaporijia, as tropas russas começaram a “apreensão de documentos pessoais da população local sem uma boa razão”.

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A Ucrânia disse que as tropas russas apreenderam os documentos para forçar a população local a participar nas comemorações do Dia da Vitória. Vai decorrer hoje na Praça Vermelha, em Moscovo, o tradicional desfile militar de 09 de maio, que assinala a vitória sobre a Alemanha nazi em 1945. O Ministério da Defesa britânico disse hoje que a Rússia está a ficar sem munições guiadas com precisão, o que significa que Moscovo cada vez mais recorrerá a foguetes e bombas imprecisas, que podem espalhar ainda mais a destruição. Segundo um relatório diário divulgado na rede social Twitter, embora a Rússia tenha afirmado que “as cidades ucranianas estariam, portanto, a salvo de bombardeamentos”, as munições não guiadas representam um risco crescente.

“Como o conflito continua além das expectativas russas do pré-guerra, as reservas russas de munições guiadas com precisão provavelmente já se esgotaram”, disseram os militares britânicos. “Isto obrigou à utilização de munições antiquadas, mas disponíveis, que são menos fiáveis, menos precisas e mais facilmente intercetadas”, referiu o relatório. Os britânicos acrescentaram que a Rússia “provavelmente terá dificuldades para substituir o armamento de precisão que já gastou”.

A ofensiva militar causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas

A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro e a ofensiva militar provocou já a morte de mais de três mil civis, segundo a ONU, que alerta para a probabilidade de o número real ser muito maior. A ofensiva militar causou a fuga de mais de 13 milhões de pessoas, das quais mais de 5,5 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU. A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.

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