Ucânia: Vaticano pede esforços para paz e diz que continuará a fazer a sua parte
O secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, pediu hoje aos estados-membros do Conselho da Europa iniciativas para “criar uma paz justa na Ucrânia” e disse que a Santa Sé continuará a desempenhar o seu papel.
“Juntamente com o Papa Francisco, juntamente com a Ucrânia, devemos perguntar: como criar a paz? Não podemos aceitar passivamente que a guerra de agressão continue naquele país”, disse Parolin no encontro do Conselho da Europa de chefes de Estado e de governo em Reiquiavique, na Islândia.
“É o povo ucraniano que está a morrer e a sofrer. É hora de tomar iniciativas para criar uma paz justa na Ucrânia e em todas as chamadas áreas cinzentas da Europa. Asseguro que a Santa Sé continuará a fazer a sua parte”, acrescentou o cardeal.
No sábado, o Papa encontrou-se no Vaticano com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, com foco na situação humanitária e política na Ucrânia causada pela invasão russa.
“Ambos concordaram com a necessidade de continuar os esforços humanitários de apoio à população”, disse o porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni.
“O Papa destacou particularmente a urgência de gestos de humanidade para com as pessoas mais frágeis, as vítimas inocentes do conflito”.
Zelensky disse mais tarde na Rai TV que qualquer plano de paz para acabar com a guerra com a Rússia deve ser ucraniano, não do Vaticano, embora estivesse muito interessado em envolver a Santa Sé na sua fórmula para a paz.
Em abril, o papa anunciou uma missão de paz do Vaticano na Ucrânia, cujo conhecimento Kiev e Moscovo inicialmente negaram.
“Com todo o respeito por Sua Santidade, não precisamos de mediadores, precisamos de uma paz justa”, disse Zelensky à RAI.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas — 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
HB // APN
By Impala News / Lusa
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