Trabalhadores da TAP sugerem uso de indemnização de Alexandra Reis para obras no infantário

Os sindicatos da TAP estão contra o encerramento do infantário da companhia, com os tripulantes a sugerirem o uso da indemnização recuperada a Alexandra Reis para obras na estrutura, de acordo com dois comunicados hoje divulgados.

Trabalhadores da TAP sugerem uso de indemnização de Alexandra Reis para obras no infantário

Trabalhadores da TAP sugerem uso de indemnização de Alexandra Reis para obras no infantário

Os sindicatos da TAP estão contra o encerramento do infantário da companhia, com os tripulantes a sugerirem o uso da indemnização recuperada a Alexandra Reis para obras na estrutura, de acordo com dois comunicados hoje divulgados.

Numa nota aos associados, o Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) sugeriu canalizar a indemnização recuperada a Alexandra Reis para as obras necessárias, “tendo em vista o licenciamento do infantário”.

O Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava) também se pronunciou sobre esta questão, referindo que foi “convidado para uma reunião por videoconferência onde estiveram também presentes outras organizações sindicais”, na qual a transportadora disse que “o infantário TAP tem muito poucas condições, que a Segurança Social exige obras de fundo para o poder licenciar e que mesmo para fazer essas obras teria de encerrar o infantário durante algum tempo”.

Segundo o Sitava, a TAP, “perante todas as dificuldades identificadas em vez de tentar resolvê-las, decidiu unilateralmente encerrar o infantário e a partir do próximo dia 01 de agosto obrigar os trabalhadores a optar por colocar os seus filhos em dois infantários no exterior contratados para esse efeito mantendo as mesmas condições”.

O SNPVAC disse, por sua vez, que a empresa “não pode alegar que a escassez de incidências justifique que o protocolo desenhado não contemple o ‘manter as dormidas e os fins de semana’, sobretudo quando utiliza o barómetro do ano letivo 2021/22 como referência, ano em que a operação iniciou a sua recuperação”.

“Apelamos à empresa que seja, no mínimo, coerente, pois se utiliza o ano de 2019 para justificar despedimentos e cortes salariais, então que utilize esse mesmo período de tempo para justificar decisões que, mais uma vez, não salvaguardam a vida familiar e as especificidades da profissão”, disse o SNPVAC.

O Sitava criticou também as intenções da companhia. “É sabido que a TAP há muito que pretende acabar com este importante direito dos trabalhadores e identificou uma excelente janela de oportunidade para isso, durante o recente devaneio de transferir a sede da empresa para um edifício de luxo no Parque das Nações, circunstância que, como sabemos, com um grande empenho do Sitava não se concretizou”, garantiu.

O Sitava disse ainda que a TAP argumenta que o novo aeroporto vai obrigar a companhia a sair e que “fazer obras neste local é deitar dinheiro fora”, mas para o sindicato isso é “falso”.

“Mesmo que vá haver um novo aeroporto, nós estaremos no reduto TAP pelo menos mais dez anos. Portanto, tempo suficiente para amortizar as necessárias obras de requalificação”, garantiu.

Desta forma, o Sitava propôs que “aproveitando as contratações já realizadas de dois infantários a partir de agosto próximo, que a TAP inicie nessa altura as obras de requalificação, e que, em agosto de 2024, todas as crianças TAP regressem ao infantário remodelado”.

O SNPVAC disse que dava o benefício da dúvida à empresa e queria “acreditar também que esta posição do encerramento do infantário poderá estar intimamente ligada à antiga CEO [Christine Ourmières-Widener, exonerada esta semana]”.

“Deste modo, acreditamos que se queremos agir ou contrariar de alguma forma esta medida, o tempo é agora, até porque a entrada do novo CEO [Luís Silva Rodrigues poderá trazer outra perspetiva sobre a matéria”, destacou, adiantando que “por entender que é uma decisão que abrange todos os trabalhadores do grupo, que continuam a estar sujeitos a Acordos de Emergência totalmente injustificados”, já solicitou “uma reunião com os restantes sindicatos do grupo TAP, a fim de discutir futuras medidas a tomar”.

ALYN // CSJ

By Impala News / Lusa

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