Sindicato dos motoristas de matérias perigosas denuncia ‘lay-off’ ilícito

O SNMMP denunciou situações de recurso ao ‘lay-off’ simplificado de forma “abusiva e ilícita” de algumas transportadoras.

Sindicato dos motoristas de matérias perigosas denuncia 'lay-off' ilícito

O Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) denunciou hoje situações de recurso ao ‘lay-off’ simplificado de forma “abusiva e ilícita” por algumas transportadoras e vai convocar uma assembleia-geral de associados para decidir formas de luta.

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Em conferência de imprensa na sua sede, em Aveiras de Cima, o SNMMP disse ter provas de casos de motoristas que, depois de colocados em regime de ‘lay-off’ parcial, continuaram a trabalhar quatro dias por semana, entre 40 a 50 horas semanais, mas recebendo apenas 2/3 do seu ordenado.

Segundo o sindicato, há também casos de trabalhadores em ‘lay-off’ total que receberam menos de 50% do seu salário e de outros que chegaram a trabalhar aos feriados e fins de semana.

“Ministérios responsáveis só nos ouvem quando anunciamos medidas”

O SNMMP entende que se trata de declarações falsas de ‘lay-off’, de empresas que estão a receber apoios do Estado a que não têm direito.

O sindicato diz ter solicitado várias vezes nos últimos meses reuniões com o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e com o Ministério das Infraestruturas e da Habitação, mas não obteve qualquer resposta até ao momento.

“Infelizmente parece que os ministérios responsáveis só nos ouvem quando anunciamos medidas mais radicais”, aponta o sindicato.

“Abandonados” na Bélgica

O SNMMP queixa-se ainda da falta de proteção aos motoristas, por exemplo no caso dos que fazem transporte internacional de mercadorias, que, diz, deviam ser sujeitos a um teste de rastreio à covid-19 quando regressam a Portugal, o que não está a ser feito.

Por último, o SNMMP referiu ainda o caso da empresa Taldis S.A., já denunciado pela eurodeputada do Bloco de Esquerda Marisa Matias, que teve os seus trabalhadores presos na Bélgica durante quatro meses.

Segundo o sindicato, aqueles trabalhadores foram “abandonados” na Bélgica e viveram no interior de camiões, com dificuldades de acesso a alimentos. “Estamos muito próximos da escravidão, com a qual não nos podemos conformar”, defende o SNMMP.

Uma vez que não conseguiu reunir-se com a tutela, nem com o Ministério do Trabalho, o sindicato que representa os motoristas de matérias perigosas decidiu convocar uma assembleia-geral de associados, por via digital, no início do próximo mês, em data ainda a anunciar, para decidir quais os próximos passos a dar no sentido de resolver estas questões e formas de luta a adotar.

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