Sampaio: SE CPLP elogia papel na defesa “incondicionável militante” das causas dos povos

O secretário executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) considera que o antigo Presidente da República, Jorge Sampaio, que faleceu hoje,”foi um incondicional militante das causas dos povos e dos valores” do espaço lusófono.

Sampaio: SE CPLP elogia papel na defesa

Num comunicado emitido hoje, o timorense Zacarias da Costa, que tomou posse em julho como secretário executivo, recorda que Jorge Sampaio, “embaixador da Boa Vontade da CPLP e agraciado com o prémio José Aparecido de Oliveira [daquela organização] foi um incondicional militante das causas dos povos” e dos valores da comunidade, contribuindo ainda com “elevado mérito para a projeção da Língua Portuguesa”.

O responsável regista, com “enorme pesar”, o falecimento do antigo chefe de Estado português e destaca também “o papel desempenhado por Jorge Sampaio na cimeira fundadora da CPLP, em 1996, enquanto Presidente da República Portuguesa, bem como na defesa da Liberdade e da Democracia, do Desenvolvimento e do diálogo intercultural global em diversas plataformas”.

Assim, Zacarias da Costa “exprime os sentimentos de pesar e de solidariedade para com a dor da família, dos amigos e das autoridades portuguesas”.

O antigo Presidente da República Jorge Sampaio morreu hoje aos 81 anos, no hospital de Santa Cruz, em Lisboa.

Antes do 25 de Abril de 1974, foi um dos protagonistas da crise académica do princípio dos anos 60, que gerou um longo e generalizado movimento de contestação estudantil ao Estado Novo, tendo, como advogado, defendido presos políticos durante a ditadura.

Jorge Sampaio foi secretário-geral do PS (1989-1992), presidente da Câmara Municipal de Lisboa (1990-1995) e Presidente da República (1996 e 2006).

Após a passagem pela Presidência da República, foi nomeado em 2006 pelo secretário-geral da Organização das Nações Unidas enviado especial para a Luta contra a Tuberculose e, entre 2007 e 2013, foi alto representante da ONU para a Aliança das Civilizações.

Atualmente presidia à Plataforma Global para os Estudantes Sírios, fundada por si em 2013 com o objetivo de contribuir para dar resposta à emergência académica que o conflito na Síria criara, deixando milhares de jovens sem acesso à educação.

 

 

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