Ryanair refere “ligeiras perturbações de hoje em Portugal” devido a greve de tripulantes

A transportadora aérea Ryanair afirmou haver “ligeiras perturbações em Portugal” porque “grande maioria dos tripulantes de cabine estão a trabalhar dentro da normalidade esta manhã”.

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A transportadora aérea Ryanair afirmou hoje haver “ligeiras perturbações em Portugal” porque uma “grande maioria dos tripulantes de cabine estão a trabalhar dentro da normalidade esta manhã”, no último de três dias de greve.

“Um pequeno número dos primeiros voos do dia foram cancelados ou sofreram ligeiras perturbações, sendo que estes clientes já estão a ser recolocados em outros voos”, segundo um comunicado da companhia irlandesa de baixo custo.

Na mesma nota, a Ryanair reafirmou esperar “operar o horário completo, se necessário, com recurso a aeronaves e tripulação de cabine de outras bases fora de Portugal”.

“Pedimos sinceras desculpas aos nossos clientes e respetivas famílias afetados por estes atrasos, provocados por esta greve desnecessária e injustificada. Estamos bastante gratos aos nossos tripulantes de cabine portugueses por colocarem os nossos clientes em primeiro lugar, ignorando esta greve”, lê-se.

A Ryanair não respondeu sobre as questões colocadas acerca do impedimento de entrada de uma inspetora da Autoridade para as Condições de Trabalho na sala de apresentações de tripulantes no aeroporto do Porto.

A presidente do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), Luciana Passo, num primeiro balanço da paralisação, deu nota de 11 cancelamentos em 17 saídas previstas, mas também de partidas de aeronaves sem passageiros para irem recolher tripulação.

A paralisação foi marcada pelo SNPVAC, que tem denunciado a substituição ilegal de grevistas por trabalhadores de bases estrangeiras, o que levou a Autoridade para as Condições de Trabalho a anunciar uma inspeção.

A greve de três dias (não consecutivos) visa exigir que a transportadora de baixo custo irlandesa aplique a legislação nacional, nomeadamente em termos de gozo da licença de parentalidade, garantia de ordenado mínimo e a retirada de processos disciplinares por motivo de baixas médicas ou vendas a bordo abaixo das metas da empresa.

Na terça-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, advertiu a Ryanair para cumprir a legislação laboral portuguesa, considerando que esta não pode substituir trabalhadores em greve por outros funcionários.

No mesmo dia, o ministro do Trabalho, Vieira da Silva, afirmou que “o Governo pode fazer o que pode fazer sempre nestas situações — quando há indícios de que está a ser posto em causa um direito fundamental –, que é utilizar e mobilizar os instrumentos que a lei dispõe, seja contraordenacionais, seja punitivos, se for caso disso”.

 

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