República Checa exorta os seus cidadãos a saírem da Rússia

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da República Checa instou os cidadãos checos que vivem na Rússia a abandonarem o país devido ao sentimento de insegurança causado pelo risco crescente associado à mobilização militar decretada pelo Presidente russo.

República Checa exorta os seus cidadãos a saírem da Rússia

“Atualizámos a informação de que os checos que também têm cidadania russa estão expostos à possibilidade de mobilização. O Gabinete de representação da República Checa em Moscovo não pode fornecer-lhes total proteção consular”, disse em comunicado. Face à crescente “ameaça de deterioração da segurança” em território russo, o Governo checo tem alertado a população para não viajar para a Rússia e alertou para os motins e manifestações contra a mobilização militar.

“Se já está no país e decide ficar apesar do aviso, tenha extrema cautela durante a sua estadia, siga os meios de comunicação de confiança e tenha um plano de saída de emergência”, advertiram as autoridades checas. O Ministério dos Negócios Estrangeiros lembrou que, devido às relações “tensas” entre ambos os países, “as atividades das representações checas na Rússia podem ser restringidas e, portanto, os cidadãos apenas terão acesso limitado aos seus serviços”.

“Devido às sanções em curso contra a Rússia, os cartões de pagamento internacionais emitidos na República Checa não estão a funcionar neste momento. Para quaisquer viagens necessárias à Rússia, recomendamos que tenha dinheiro suficiente”, informou ainda. Em caso de querer deixar o país, o Governo checo esclareceu que as ligações aéreas podem ser interrompidas devido à guerra na Ucrânia, embora exista a possibilidade de comprar bilhetes da Rússia para países como a Arménia, o Azerbaijão, o Egito, o Cazaquistão, os Emirados Árabes Unidos, a Sérvia, a Turquia e outros países não europeus.

A Rússia lançou uma ofensiva militar com ocupação de território ucraniano a 24 de fevereiro, que ainda perdura, e o Presidente russo anunciou uma mobilização parcial de reservistas para combater na Ucrânia, onde as forças de Moscovo têm registado reveses nas últimas semanas.

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