“Escolhemos Raila Odinga para ser o 5.º presidente do Quénia”, disse hoje o presidente Kenyatta a vários milhares de apoiantes, em Nairobi, a capital do país.

O apoio de Uhuru Kenyatta a Odinga sela a aproximação de duas das grandes dinastias políticas que historicamente lutaram nas urnas para liderar o Quénia. 

Em 2018, Uhuru Kenyatta e Raila Odinga surpreenderam o país apertando as mãos e declarando uma trégua após a violência pós-eleitoral de 2017 que deixou dezenas de mortos.

Em 2007-2008, outra onda de violência pós-eleitoral tinha causado mais de 1.100 mortos. 

Em fevereiro deste ano, o partido Jubileu do Quénia anunciou que se juntaria à aliança Azimio la Umoja, de Raila Odinga, tendo em vista as eleições presidenciais e legislativas agendadas para o verão.

“Não temos dúvidas, temos um capitão de equipe que se chama Raila Odinga”, disse hoje Uhuru Kenyatta, que está a completar o seu segundo mandato e não pode concorrer à reeleição, de acordo com a Constituição do país. 

Aos 77 anos, Raila Odinga, que concorrerá à 5.ª eleição presidencial, disse que aceitou a “nomeação com absoluta gratidão e dedicação” ao povo do Quénia.

A aliança entre Kenyatta e Odinga deixa de fora o vice-presidente William Ruto, inicialmente destinado a suceder a Kenyatta que, no entanto, também tenciona concorrer à liderança da Presidência nas eleições marcadas para o mês de agosto.

ASR // PJA

By Impala News / Lusa

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