«Portugal é o 2º país da União Europeia com mais vítimas de tráfico humano em exploração laboral»

O deputado único do PAN alertou hoje para o problema do tráfico de seres humanos em Portugal, questionando o primeiro-ministro sobre as medidas que o executivo socialista está a adotar, no debate parlamentar quinzenal.

«Portugal é o 2º país da União Europeia com mais vítimas de tráfico humano em exploração laboral»

Na resposta a André Silva, o chefe de Governo defendeu que “a forma mais eficaz de combater o tráfico de seres humanos é uma política integrada de migrações, que permita combater as causas, uma boa gestão da fronteira e, sobretudo, a criação de canais legais de emigração”.

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“Na semana passada, um relatório da Comissão Europeia veio confirmar que Portugal é o segundo país da União Europeia com mais vítimas de tráfico humano em exploração laboral. Há dezenas de milhares de estrangeiros a sofrerem abusos em explorações agrícolas e o nosso país começou a ser usado como nova rota de tráfico de crianças africanas, funcionando como uma porta de entrada para o espaço Schengen”, dissera o parlamentar do PAN, citando o exemplo de uma jovem togolesa de 13 anos.

António Costa declarou que “foi por isso que o Governo aprovou o quarto plano de ação de prevenção e combate ao tráfico de seres humanos, entre 2018 e 2021”.

“Estamos a mobilizar recursos para que este combate seja uma prioridade”, assegurou o primeiro-ministro.

André Silva tinha argumentado antes que “Portugal não pode continuar a vangloriar-se dos ‘rankings’ económicos e a desviar o seu olhar deste flagelo”.

“Todas as pessoas subjugadas por esta nova forma de escravidão vivem rodeadas de medo, abuso e ameaças. E no caso das crianças a situação é ainda pior. Crescer como ‘traficado’ condiciona a sua personalidade e a sua visão sobre o mundo. Temos de garantir que nenhuma vítima fica invisível, Portugal tem de as proteger”, afirmou André Silva, referindo que, “na Europa as mulheres e as raparigas continuam a ser as mais vulneráveis (68%), enquanto as crianças representam 23% das vítimas”.

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