Portugal promete apoio à Ucrânia em todos os contextos no tempo que for preciso

O ministro dos Negócios Estrangeiros prometeu hoje o apoio de Portugal à Ucrânia em todos os contextos, no tempo que for preciso, comprometendo-se a abordar a guerra junto dos países próximos de Lisboa em África e na América Latina.

Portugal promete apoio à Ucrânia em todos os contextos no tempo que for preciso

Em conferência de imprensa após receber em Lisboa o seu homólogo ucraniano, Dmytro Kuleba, João Gomes Cravinho disse que os dois políticos discutiram a forma como Portugal pode continuar a apoiar a Ucrânia na sua defesa contra a invasão russa, iniciada em 24 de fevereiro do ano passado.

“Sublinhei esse apoio português, em todos os campos: político, militar, humanitário, financeiro”, assinalou, sublinhando que a ajuda de Lisboa “não é resultado apenas de decisões do Governo, mas do desejo avassalador do povo português de apoiar a Ucrânia enquanto esta se defende” da agressão russa.

“Continuaremos a apoiar a Ucrânia enquanto for necessário, enquanto a Ucrânia precisar de nós”, prometeu João Gomes Cravinho, completando: “Apoiaremos a Ucrânia no contexto da União Europeia (UE), no contexto das Nações Unidas, em todos os contextos que sejam relevantes”.

O chefe da diplomacia portuguesa disse que conversou também com Kuleba sobre “a forma como Portugal pode ser uma ponte” para a situação na Ucrânia chegar a outras partes do mundo.

“Temos relações muito estreitas e muito frequentes com muitas partes do continente africano e com a América Latina. Onde quer que nos encontramos com colegas desses países, falamos sempre sobre a Ucrânia, conversamos e ajudamos a explicar a situação”, declarou o ministro português, referindo-se àqueles “vivem mais longe e têm uma compreensão menos profunda” do que está a acontecer desde o início da guerra.

“Acho que este é um papel útil que estamos muito felizes em continuar a desempenhar”, observou, sem comentar os pedidos da Ucrânia de formação de pilotos ucranianos e fornecimento de aviões de combate modernos, nem sobre especificamente o desejo de Kiev de adesão à NATO, um dos temas da próxima cimeira da organização, em 11 e 12 de julho em Vilnius, Lituânia.

João Gomes Cravinho recordou também o papel de Portugal na reconstrução de escolas em Jitomir, cerca de 150 quilómetros a oeste de Kiev, revelando que Lisboa está a preparar um encontro com a Estónia, que também está comprometida em apoiar esta região.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,7 milhões de pessoas — 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,2 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.

HB // SCA

By Impala News / Lusa

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