Porta-voz destaca a “diferença” que o PAN tem feito no panorama político

O IX Congresso do PAN arrancou hoje, em Matosinhos, com a eleição da mesa, que será presidida por Alexandra Reis Moreira, e com o discurso da porta-voz, que destacou “a diferença que o partido tem feito no panorama político português”.

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A nona reunião magna do Pessoas-Animais-Natureza decorre na Escola Básica de Matosinhos, no distrito do Porto, com o lema “A natureza que nos une”. A eleição da mesa do congresso decorreu por voto secreto, enquanto os delegados iam chegando, a partir das 08:30.

Pelas 09:40, a comissão organizadora do congresso abriu os trabalhos formalmente, no auditório da escola, e anunciou que a lista A, a única candidata, contou com 71 votos, 20 brancos e oito nulos e os trabalhos passaram a ser conduzidos por Alexandra Reis Moreira, presidente da mesa.

Logo no início, a oposição reclamou um lugar na mesa, mas não foi atendida essa pretensão, o que levou a protestos na sala, e provocou uma votação aclamativa do regulamento do congresso, aprovado com 23 votos contra e 89 a favor.

O resultado provocou críticas, com um delegado a acusar os membros da mesa de “fascistas” e outro a subir ao púlpito para fazer uma declaração de voto e para criticar o regulamento interno e o facto de o congresso decorrer apenas num dia, o que, segundo aquele filiado, prejudica a “democracia interna” do partido.

A sessão de abertura do congresso contou também com uma intervenção da porta-voz do PAN, que realçou a “diferença que ao longo destes 13 anos o PAN tem feito no panorama político português”.

Inês de Sousa Real elencou o trabalho que tem feito como deputada única na Assembleia da República na atual legislatura, onde apresentou 282 iniciativas, tendo sido aprovadas 23.

A recandidata a líder disse esperar que esta reunião magna seja “um espaço de reflexão e de ideias”.

Apontando o atual “contexto bem diferente” daquele que existia quando foi eleita há dois anos, referiu que “em apenas 13 meses” a direção “foi chamada a apresentar-se a eleições autárquicas”, às quais apresentou um “número de candidaturas histórico” e conseguiu “o maior número de eleitos locais”.

A deputada única apontou também o “momento interno desafiante” que o partido atravessava e criticou também a desfiliação, em 2020, da ex-deputada Cristina Rodrigues e do eurodeputado que conseguiu eleger, falando numa “apropriação pessoal” do mandato por Francisco Guerreiro.

“Sabemos também que no momento em que o coletivo precisou que disséssemos presente, nem todo responderam ao repto que o partido clamava, de união, debate salutar, de construção de um partido mais forte para fazer face aos desafios internos e externos”, acrescentou.

Sobre as últimas eleições legislativas, salientou que o programa feito “em tempo recorde” foi “reconhecido por várias personalidades e entidades como o melhor da área ambiental, animal, saúde e até internacional, atestando qualidade dos quadros do partido”.

Sousa Real não se referiu diretamente à perda de votos e passagem de quatro deputados eleitos para um, mas reconheceu “erros” e indicou que o resultado obrigou a “uma reestruturação política e financeira do partido”.

A porta-voz apontou críticas também ao Governo, falando numa “maioria absoluta perdida em si mesma, perdida nas sucessivas crises políticas que têm minado a confiança dos cidadãos no poder político, nas instituições e na decência que aos governantes cabe promover”.

“Foi marcada por casos e decisões que inequivocamente fragilizam o Estado de direito e a legitimidade deste Governo. A vida dos portugueses tem estado em suspenso por conta de o Governo incapaz de dar as respostas que o país precisa, um Governo que está a deixar passar a oportunidade única de executar fundos comunitários que são absolutamente fundamentais” e se “tem esquecido que o relógio climático não para” e “deixado para segundo plano a proteção animal”.

Antes, Bebiana Cunha, que foi líder parlamentar do PAN na última legislatura, defendeu que o PAN tem sido uma das “vozes liderantes em matérias importantes” a nível local.

“Quando vemos as causas a acontecerem, sabemos que o PAN está vivo”, apontou a dirigente da distrital do Porto, realçando que as causas que o partido defende “não são causas pequenas porque salvam vidas” e contribuem “para o bem comum”.

Na abertura do Congresso foi ainda aprovado, por unanimidade, um voto de pesar pela filiada Amália Cardoso e os delegados fizeram um minuto de silêncio.

FM/JCR // JMR

By Impala News / Lusa

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