Paraquedista português ferido em acidente com arma

Um soldado paraquedista, que está integrado na força militar portuguesa ao serviço das Nações Unidas na República Centro-Africana, ficou ferido num acidente com uma arma.

Paraquedista português ferido em acidente com arma

Um soldado paraquedista, que está integrado na força militar portuguesa ao serviço das Nações Unidas na República Centro-Africana, ficou ferido esta quinta-feira num acidente com uma arma, divulgou o Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA).

“Durante o dia de hoje um soldado paraquedista da 3.ª Força Nacional Destacada Conjunta ao serviço das Nações Unidas na República Centro-Africana, sofreu um trauma ocular no seguimento da libertação acidental de uma peça do carregador da arma, que atingiu o militar no globo ocular esquerdo”, lê-se numa nota do EMGFA.

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No comunicado é ainda referido que, “após avaliação clínica efetuada pela equipa médica da força portuguesa em estreita ligação com autoridades nacionais, foi superiormente decidido” transportar o militar para Portugal “para que possa recuperar todas a suas capacidades visuais”.

O Estado-Maior-General das Forças Armadas informa também que “o militar encontra-se em observação permanente por parte da equipa médica da força e chegará amanhã [sexta-feira] a Portugal ao final da noite em voo militar da Força Aérea Portuguesa, numa aeronave Falcon”.

O militar também já entrou em contacto com a família, segundo é referido na nota.

Portugal está presente no país, no quadro da missão das Nações Unidas para a República Centro-Africana (MINUSCA), com a 3.ª Força Nacional Destacada Conjunta, composta por 156 militares, dos quais 153 do Exército, sendo 123 paraquedistas, e três da Força Aérea, que iniciaram a missão em 05 de março de 2018 e têm a data prevista de finalização no início de setembro deste ano.

Os militares que estão no terreno compõem a Força de Reação Rápida da MINUSCA, têm a base principal na capital, junto ao aeroporto, e já estiveram envolvidos em quase duas dezenas de confrontos.

O Governo do Presidente Faustin Touadera, um antigo primeiro-ministro, que venceu as presidenciais de 2016, controla cerca de um quinto do território.

O resto é dividido por pelo menos 14 milícias, que, na sua maioria, procuram obter dinheiro através de raptos, extorsão, bloqueio de vias de comunicação, recursos minerais (diamantes e ouro, entre outros), roubo de gado e abate de elefantes para venda de marfim.

O conflito neste país, que tem o tamanho da França e uma população que é menos de metade da portuguesa (4,6 milhões), já provocou 700 mil deslocados e 570 mil refugiados e colocou 2,5 milhões de pessoas a necessitarem de ajuda humanitária.

 

 

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