ONG moçambicana alerta para atrasos e problemas com máquinas no recenseamento eleitoral

A organização não-governamental (ONG) moçambicana Centro de Integridade Pública alertou hoje para problemas no arranque, na quinta-feira, do recenseamento para as eleições autárquicas de 11 de outubro em Moçambique.

ONG moçambicana alerta para atrasos e problemas com máquinas no recenseamento eleitoral

“O primeiro dia do recenseamento ficou marcado pelas avarias de máquinas em muitos postos de recenseamento. Em alguns distritos, alguns postos de recenseamento não abriram devido ao atraso da chegada dos equipamentos ou de avarias”, refere o Centro de Integridade Pública (CIP) no seu boletim sobre o processo eleitoral em Moçambique.

O recenseamento para as eleições autárquicas de 11 de outubro começou na quinta-feira em todo país, com a meta de registar quase 10 milhões de eleitores em 65 distritos com autarquias, segundo o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE).

Segundo a ONG, na província de Niassa, no distrito de Lago, até ao meio-dia da quinta-feira apenas cinco dos 34 postos de recenseamento estavam em funcionamento, enquanto na cidade de Nampula, província com mesmo nome, foram registadas avarias das máquinas em alguns pontos.

“Na cidade da Beira, província de Sofala, as brigadas da EPC [Escola Primária Completa] de Matacune e da Escola Secundária Samora Machel registaram problemas”, referiu o CIP.

“Inicialmente apresentaram-se dificuldades no arranque das máquinas, mas passado algum tempo funcionaram só que a impressora não imprimia os cartões de eleitores. Até às 13:00, a população recebeu orientações para regressar para casa porque não havia técnico para repará-la”, acrescentou.

De acordo com a ONG, os problemas com as máquinas e atrasos também foram registados em alguns postos de recenseamento em Maputo e Gaza.

A Lusa tentou, sem sucessos, contactar a Comissão Nacional de Eleições (CNE).

As eleições autárquicas de 11 de outubro serão as sextas no país, desde 1999.

O escrutínio está orçado em cerca de 14,8 mil milhões de meticais (204,7 milhões de euros) e marca o início de um ciclo eleitoral que vai culminar com as eleições gerais em 2024.

EYAC // LFS

By Impala News / Lusa

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