Novos protestos antigovernamentais na Moldova agravam tensões internas

Um novo protesto antigovernamental na capital da Moldova fez aumentar hoje os receios de novas tensões, após milhares de pessoas terem exigido ao Governo pró-ocidental que subsidie os custos da energia e “não envolva o país na guerra”.

Novos protestos antigovernamentais na Moldova agravam tensões internas

Novos protestos antigovernamentais na Moldova agravam tensões internas

Um novo protesto antigovernamental na capital da Moldova fez aumentar hoje os receios de novas tensões, após milhares de pessoas terem exigido ao Governo pró-ocidental que subsidie os custos da energia e “não envolva o país na guerra”.

O protesto em Chisinau foi organizado pelo Movimento pelo Povo e foi apoiado pelo partido Shor, considerado “pró-russo” e que conta com seis assentos entre os 101 lugares do parlamento.

Os manifestantes transportavam bandeiras moldavas e apelaram à demissão da Presidente.

“Abaixo Maia Sandu!”, “Abaixo a ditadura” foram algumas das palavras de ordem ecoadas, relatou a agência noticiosa Associated Press (AP).

O líder do partido Shor, o oligarca moldavo no exílio Ilan Shor, acusou a polícia de tentar “impedir uma manifestação pacífica”.

“Combater o seu próprio povo é o último refúgio dos tiranos e o início da sua queda”, referiu Shor numa declaração. Este oligarca consta numa lista de sanções do Departamento de Estado dos Estados Unidos sob a acusação de trabalhar para interesses russos.

Esta foi a segunda manifestação antigovernamental organizada em Chisinau no espaço de duas semanas, e coincide com as crescentes preocupações sobre a desestabilização da Moldova, um pequeno país e uma ex-república soviética vizinha da Ucrânia.

Em 13 de fevereiro, a Presidente Maia Sandu referiu-se a uma alegada “conspiração” promovida por Moscovo para derrubar o Governo e colocar o país “à disposição da Rússia”, afastando-a do caminho em direção a uma futura adesão à União Europeia (UE).

A Rússia rejeitou veementemente as alegações.

O partido Shor iniciou no passado outono uma série de protestos antigovernamentais na Moldova, um candidato à integração na UE desde junho, num momento em que se agrava a crise energética no país após Moscovo ter reduzido o fornecimento de gás natural por falta de pagamentos.

Na ocasião, o Governo moldavo pediu a ilegalização do partido Shor junto do Tribunal Constitucional.

O gabinete dos procuradores anti-corrupção alegara que os protestos estavam a ser parcialmente financiados com dinheiro russo.

Este último protesto ocorre apenas alguns dias após os serviços de informações moldavos (SIS) terem anunciado a expulsão de dois cidadãos estrangeiros que tentavam promover “ações subversivas” para desestabilizar a Moldova.

O SIS informou na altura que os dois homens estavam a recolher informações sobre os processos político e social na Moldova, incluindo os protestos que “são organizados na capital por certas forças políticas”.

PCR // SCA

By Impala News / Lusa

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