NATO pede redução imediata da tensão no Kosovo e permanece em alerta

A porta-voz da NATO, Oana Lungescu, apelou hoje às autoridades do Kosovi para que reduzam imediatamente as tensões desencadeadas na véspera no norte da região, e voltou a pedir diálogo como saída para o conflito.

NATO pede redução imediata da tensão no Kosovo e permanece em alerta

“Pedimos às instituições do Kosovo que reduzam a tensão imediatamente e exortamos todas as partes a resolver a situação por via do diálogo”, disse a porta-voz da NATO na sua conta oficial no Twitter.

Lungescu destacou que a missão da Aliança Atlântica no Kosovo (KFOR) “permanece em alerta e garantirá um ambiente seguro e protegido” depois de o Presidente sérvio, Aleksandar Vucic, ter colocado o Exército em alerta na sexta-feira.

Esta nova escalada de tensões é consequência das eleições autárquicas realizadas em abril nos municípios de Zvecan, Zubin Potok e Leposavic, na zona de Mitrovica, e nas quais a comunidade sérvia, maioritária na zona, apelou para um boicote, que resultou numa participação mínima e a vitória de representantes de partidos ligados à minoria albanesa.

A Polícia Kosovar interveio na sexta-feira para que estas novas autoridades, que tomaram posse na quinta-feira em instalações não oficiais, pudessem aceder aos seus gabinetes, enquanto nas ruas, manifestantes sérvios e polícias travaram confrontos.

O Presidente sérvio, Aleksandar Vucic, também comandante das Forças Armadas, colocou o Exército em alerta de combate na sexta-feira e ordenou o envio de tropas para perto da fronteira com o Kosovo após os confrontos.

A Rússia culpou hoje os Estados Unidos e a União Europeia (UE) pelas “provocações de Pristina”, condenando o uso da violência pelo Kosovo para forçar a entrada de autarcas nas localidades que estavam bloqueadas pela minoria sérvia.

A UE condenou na sexta-feira “de forma enérgica” o uso da violência pelo Kosovo e avisou que não vai aceitar “mais ações unilaterais ou de provocação”.

No mesmo dia, os Estados Unidos igualmente o recurso à violência por parte de Pristina e o fim das hostilidades.

HB (CSR/RN/JSD) // PJA

By Impala News / Lusa

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