Myanmar: Conselho de Segurança convoca reunião de emergência

O Conselho de Segurança das Nações Unidas irá reunir-se terça-feira em Nova Iorque, de emergência, para analisar uma reação ao golpe de Estado militar de hoje em Myanmar (antiga Birmânia).

Myanmar: Conselho de Segurança convoca reunião de emergência

O Conselho de Segurança das Nações Unidas irá reunir-se terça-feira em Nova Iorque, de emergência, para analisar uma reação ao golpe de Estado militar de hoje em Myanmar (antiga Birmânia). A informação da reunião de emergência consta do programa de trabalho da presidência britânica do Conselho de Segurança, hoje divulgado, que adianta que a reunião será por videoconferência, e à porta fechada.

O Reino Unido, que hoje inicia a presidência mensal do Conselho de Segurança, tinha prevista uma reunião sobre a situação em Myanmar para esta quinta-feira, seguida de consultas à porta fechada entre os países-membros, mas os acontecimentos das últimas horas no país asiático determinaram a alteração.

Questionado sobre as expetativas do secretariado das Nações Unidas para as consultas no Conselho de Segurança, o porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric, afirmou que “o mais importante é que a comunidade internacional fale a uma só voz” em relação ao golpe.

O golpe de Estado militar ocorre após anos de uma partilha delicada do poder entre o Governo civil liderado por Aung San Suu Kyi e a classe militar, poderosa no país.

Depois de vários dias a viver sob rumores de ação do Exército para evitar a sessão de posse do novo Parlamento birmanês, previsto para hoje, logo às primeiras horas da manhã as Forças Armadas detiveram a prémio Nobel da Paz, Suu Kyi, bem como o Presidente, Win Myint.

Entre as cerca de três dezenas de detidos figuram também vários ministros, ativistas pró-democracia, escritores, cantores, realizadores de cinema e outras personalidades, segundo uma lista oficiosa a que a agência noticiosa espanhola EFE teve acesso.

Imediatamente depois, o Exército declarou o estado de emergência por um ano e colocou os seus generais nos principais postos de comando do país.

Os militares alegam que as legislativas de 08 de novembro de 2020, ganhas pela Liga Nacional para a Democracia (LND, o partido de Suu Kyi), foram marcadas por “irregularidades”, alegações desmentidas pela Comissão Eleitoral local.

 

 

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