
Moçambique/ataques: África do Sul pede a Maputo que resolva “causas” da violência armada
“Silenciar as armas nessas situações requer lidar com as raízes do conflito, que invariavelmente incluem défices de governação, abusos de direitos humanos e contestação de recursos”, afirmou, em comunicado, a ministra das Relações Internacionais e Cooperação da África do Sul, após um encontro com jornalistas em Pretória.
Hoje, o Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, participou numa reunião de consulta da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) sobre o terrorismo no norte do país vizinho.
“A reunião é um seguimento da Cimeira da Troika do Órgão da SADC realizada recentemente em Gaborone, Botswana, a 27 de novembro de 2020”, refere o comunicado divulgado no sítio de internet da Presidência da República sul-africana.
O comunicado adianta que, em Gaborone, os governantes regionais “registaram com preocupação os atos de terrorismo na região, particularmente na província de Cabo Delgado da República de Moçambique, e expressaram a solidariedade contínua da SADC para com Moçambique”.
O comunicado conclui que a reunião de Gaborone “também dirigiu a finalização de uma resposta regional abrangente e o programa de apoio à República de Moçambique”, sem precisar detalhes.
A violência armada em Cabo Delgado, onde se desenvolve o maior investimento multinacional privado de África, para a exploração de gás natural, está a provocar uma crise humanitária com mais de duas mil mortes e 560 mil pessoas deslocadas, sem habitação, nem alimentos, concentrando-se sobretudo na capital provincial, Pemba.
CYH // PJA
By Impala News / Lusa
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