Ministro da Justiça do Brasil denuncia “múltiplos indícios” de crimes do seu antecessor

O ministro da Justiça do Brasil, Flávio Dino, denunciou hoje a existência de “múltiplos indícios” por parte do seu antecessor de dificultar o movimento dos eleitores de Lula da Silva no dia da segunda volta das eleições presidenciais.

Ministro da Justiça do Brasil denuncia

Ministro da Justiça do Brasil denuncia “múltiplos indícios” de crimes do seu antecessor

O ministro da Justiça do Brasil, Flávio Dino, denunciou hoje a existência de “múltiplos indícios” por parte do seu antecessor de dificultar o movimento dos eleitores de Lula da Silva no dia da segunda volta das eleições presidenciais.

“O que posso afirmar a você é que há múltiplos indícios, ou de elaboração de relatórios, de viagens, de comandos, de determinações administrativas e nós temos o indício muito eloquente” relativamente a “operações atípicas” de stop policiais que decorreram no dia 30 de outubro de 2022, afirmou Flávio Dino, durante uma entrevista a um canal de Youtube.

O ministro da Justiça de Lula da Silva disse ainda que os indícios de interferência por parte do seu antecessor, Anderson Torres, estão a surgir.

“Não me cabe evidentemente extrair conclusões desses indícios, isso cabe ao delegado que preside ao inquérito e ao Ministério Público e, posteriormente, ao Poder Judiciário”, sublinhou.

Estas afirmações surgem um dia depois de a imprensa local noticiar que a Polícia Federal está a investigar uma viagem do ex-ministro da Justiça Anderson Torres à Baía, estado maioritariamente pró-Lula da Silva, nas vésperas da segunda volta das eleições presidenciais de 2022.

A viagem de Anderson Torres teve como justificação o reforço do contingente policial no estado contra alegados crimes eleitorais, mas, segundo a imprensa local, a Polícia Federal investiga possíveis fiscalizações excessivas nas rodovias de forma a impedir os apoiantes de Lula da Silva de votarem.

Nesse mesmo dia, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do Brasil, Alexandre de Moraes, afirmou que as operações da polícia em rodovias do país não impediram os eleitores de exercerem o seu direito ao voto.

Anderson Torres, que depois de abandonar o Governo foi nomeado secretário de segurança pública do Distrito Federal, permanece preso desde 14 de janeiro pela sua alegada “omissão” no assalto à capital do país, em 08 de janeiro, como secretário de segurança de Brasília.

No dia dos ataques Anderson Torres encontrava-se nos Estados Unidos e, durante as buscas a sua casa, as autoridades policiais encontraram um projeto de decreto presidencial para um eventual golpe de Estado, na sequência da derrota de Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais de outubro.

A justiça brasileira também investiga Jair Bolsonaro para esclarecer se teve participação na instigação dos ataques.

As investigações estão em curso desde 08 de janeiro, quando uma multidão de radicais invadiu e destruiu os edifícios presidenciais, do Congresso e do Supremo Tribunal em Brasília, a pedirem um golpe contra Luiz Inácio Lula da Silva.

 

MIM // VM

By Impala News / Lusa

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