
Lula afasta golpe porque militares são “mais responsáveis” que Bolsonaro
“Essas bobagens que Bolsonaro fala não têm apoio dos militares da ativa, do alto comando. Ele só pode ser considerado chefe supremo quando é sério, fala coisa com coisa e respeita instituições”, disse Lula da Silva em entrevista ao UOL.
Ele [Bolsonaro] fala ‘meu Exército’, mas não é dele (…) Então como a gente pode pensar em golpe? Não acredito em golpe, não acredito que as Forças Armadas pensem nisso. Se ele começar a brincar com democracia, ele vai pagar caro”, acrescentou.
O ex-presidente brasileiro também afirmou que não pretende concorrer à reeleição se sair vitorioso nas eleições presidenciais marcadas para 2 de outubro, o que quebraria a tendência que todos os chefes de Estado têm adotado no país depois de a norma da reeleição ter sido aprovada, no primeiro mandato do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
“Quero cumprir o melhor mandato que fiz na vida. E quero trabalhar em quatro anos por 40”, destacou Lula da Silva.
No aspeto mais eleitoral, o líder progressista defendeu uma mudança na política de reajuste do salário mínimo do Brasil, que passaria a variar anualmente com base no Produto Interno Bruto (PIB) e não em função da inflação, como ocorre atualmente.
Da mesma forma, Lula da Silva defendeu que reabrirá alguns dos ministérios fechados por sucessores – Michel Temer e o próprio Bolsonaro -, destacando entre eles os ministérios da Cultura e o da Pesca.
O PT oficializou na semana passada a candidatura presidencial liderada por Lula da Silva, que vai contar com o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin como candidato a vice-presidente nas eleições de outubro.
Esta é a sexta vez que Lula da Silva se candidata à presidência do Brasil, tendo vencido em 2002 e 2006, e derrotado em 1989, 1994 e 1998.
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By Impala News / Lusa
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