Livro de memórias de Michelle Obama é hoje lançado nos Estados Unidos

Michelle Obama arrasa Donald Trump no livro “Becoming”, que começou hoje a ser comercializado nos EUA e no qual a ex-primeira dama dos EUA fala de política, da família e dos desafios do país.

Livro de memórias de Michelle Obama é hoje lançado nos Estados Unidos

Com o título simples “Becoming” (“Tornando-se”, numa tradução livre), o livro da mulher do ex-Presidente Barack Obama traça um retrato duro de Donald Trump, criticando a sua forma de fazer campanha e as suas opções políticas.

Alguns excertos do livro, revelados pelos ‘media’ norte-americanos, não agradarão ao atual Presidente do EUA, acusado de ter espalhado mentiras sobre a família Obama, colocando-a em perigo (recentemente, Michelle recebeu em casa uma carta com um dispositivo explosivo, tal com várias figuras ligadas ao Partido Democrata): “Eu nunca o perdoarei por isso”.

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Michelle Obama diz que a campanha de Trump por causa da cidadania do marido (acusado de não ter nascido nos EUA, mas eventualmente no Quénia, o que o impediria de se ter tornado Presidente) foi intolerante e perigosa, “destinada a estimular os malucos”.

No livro, Michelle Obama não fala apenas de política e revela a forma como cresceu em Chicago e como se apaixonou por Barack quando trabalharam juntos num escritório de advogados naquela cidade do Estado de Illinois.

Michelle diz que ficou fascinada com a personalidade do seu futuro marido, “uma combinação estranha e emocionante” de serenidade e de poder.

A agência Associated Press comprou uma cópia antecipada de “Becoming” e leu nela muitas mensagens políticas de uma mulher que viveu intensamente os oito anos na Casa Branca, bem como os anos imediatamente anteriores, em que Michelle temeu dar uma imagem racista e caricatural à campanha do marido.

Michelle diz lembrar-se de ter sido rotulada de “zangada” e, pela cadeia televisiva Fox (muito próxima do Partido Republicano), de “Baby Mama de Obama”.

A crítica à classe política conservadora americana está em muitas páginas do livro, mas é Donald Trump quem tem as referências mais duras.

Michelle acusa-o, por exemplo, de ter usado uma linguagem corporal desadequada para atacar Hillary Clinton durante a campanha presidencial de 2016.

De acordo com Michelle, Trump faz passar a imagem de alguém que sabe que pode magoar as pessoas e ficar impune.

Para promover a obra, Michelle Obama contratou uma empresa habituada a fazer as digressões de estrelas de rock e vai fazer um roteiro de conferências que passará por várias cidades dos EUA, com lugares pagos.

O lançamento do livro será em Chicago, na United Center, uma arena com capacidade para sentar 23.500 pessoas.

Dez por cento das receitas das conferências serão doados a instituições de caridade, escolas e grupos comunitários em cada cidade por onde Michelle passar.

 

 

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