Líder do Hamas diz que conclusão de acordo de tréguas com Israel está próximo

O Hamas anunciou que se “aproxima da conclusão de um acordo de tréguas” na Faixa de Gaza, declarou o líder do movimento islamita palestiniano, Ismail Haniyeh

Líder do Hamas diz que conclusão de acordo de tréguas com Israel está próximo

Líder do Hamas diz que conclusão de acordo de tréguas com Israel está próximo

O Hamas anunciou que se “aproxima da conclusão de um acordo de tréguas” na Faixa de Gaza, declarou o líder do movimento islamita palestiniano, Ismail Haniyeh

“O movimento [Hamas] deu a sua resposta aos irmãos do Qatar e aos mediadores. Estamos a aproximar-nos da conclusão de um acordo de tréguas”, disse Haniyeh, citado numa breve mensagem publicada na conta do movimento palestiniano na plataforma Telegram.

De acordo com fontes do Hamas e da Jihad Islâmica, o segundo maior grupo islamista armado palestiniano, citados pela agência France-Presse (AFP), os dois movimentos aceitaram um acordo e os pormenores devem ser anunciados pelo Qatar e pelos mediadores do conflito.

Para já, o Governo israelita ainda não reagiu a estas declarações.

A presidente do Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV), Mirjana Spoljaric, reuniu-se na segunda-feira à noite com os dirigentes do Qatar e com Haniyeh, que tem como base este emirado do Golfo, para “avançar com as questões humanitárias ligadas ao conflito armado em Israel e em Gaza”.

O Qatar, o Egito e os Estados Unidos estão a trabalhar num acordo para tentar libertar os cerca de 240 reféns raptados em Israel pelo Hamas em troca de uma trégua na Faixa de Gaza.

Embora o CICV tenha afirmado que não está a participar nas conversações, insistiu para que as equipas do comité “sejam autorizadas a visitar os reféns para verificar o seu bem-estar, administrar medicamentos e para garantir que os reféns possam comunicar com as famílias”, de acordo com um comunicado.

“Nunca estivemos tão perto, estamos confiantes. Mas ainda há trabalho a fazer. Nada está feito até que tudo esteja feito”, disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional na Casa Branca, John Kirby.

Questionado por um jornalista em Washington sobre se está iminente um acordo para a libertação de reféns, o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, respondeu: “Penso que sim”.

Duas fontes próximas das conversações disseram hoje à AFP que estão centradas num acordo para a libertação de “50 a 100” reféns em troca da libertação de 300 prisioneiros palestinianos em Israel, incluindo crianças e mulheres.

A transferência seria feita por etapas, numa troca diária de dez reféns israelitas por 30 prisioneiros palestinianos, e incluiria a entrada de alimentos, ajuda médica e combustível e, sobretudo, uma “trégua humanitária renovável de cinco dias”.

A guerra entre as forças israelitas e o Hamas, que continua a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, rebentou em 07 de outubro, com um ataque surpresa do movimento islamita a Israel.

Este ataque, que incluiu o lançamento de ‘rockets’ e a infiltração em território israelita de cerca de 3.000 combatentes, causou cerca de 1.200 mortos, principalmente civis, e cinco mil feridos, segundo um balanço das Forças de Defesa de Israel.

Em represália, Israel está a bombardear incessantemente a Faixa de Gaza e desenvolve, desde 27 de outubro, uma operação terrestre, para “esmagar” o movimento islamita.

Estes ataques israelitas à Faixa de Gaza já fizeram mais de 13.300 mortos, dos quais mais de 5.600 são crianças, segundo o Hamas, desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel.

A este balanço somam-se dezenas de milhares de feridos e ainda, segundo a ONU, 1,7 milhões de deslocados — mais de dois terços da população total daquele enclave palestiniano pobre, que enfrenta uma grave crise humanitária, devido à escassez de água, alimentos, eletricidade, medicamentos e combustível.

CAD (VQ) // VQ

By Impala News / Lusa

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