Hong Kong: Canceladas partidas do aeroporto internacional pelo segundo dia

Devido a mais um dia de manifestações nos terminais do aeroporto, as autoridades aeroportuárias de Hong Kong cancelaram todos os voos de partida programados para hoje. A chefe do Executivo adverte que a violência vai levar o território para “um abismo”.

Hong Kong: Canceladas partidas do aeroporto internacional pelo segundo dia

Devido a mais um dia de manifestações nos terminais do aeroporto, as autoridades aeroportuárias de Hong Kong cancelaram todos os voos de partida programados para hoje. A chefe do Executivo advertiu que a violência vai levar o território para “um abismo”. As autoridades anunciaram que os serviços de check-in para voos que partem do aeroporto internacional de Hong Kong foram suspensos às 16:30 locais (09:30 em Lisboa), embora s outros voos que já tinham concluído o seu processo continuem a operar.

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Chefe do Executivo de Hong Kong faz apelo

O encerramento do oitavo aeroporto internacional mais frequentado do mundo (74 milhões de passageiros em 2018), numa medida raramente aplicada, foi decidido na segunda-feira, dia 12 de agosto, depois de o Governo central chinês afirmar haver “sinais de terrorismo” na contestação que agita a região administrativa especial chinesa, desde o início de junho.  A chefe do Executivo, Carrie Lam, advertiu hoje  em conferência de impresa, que a violência das manifestações pró-democracia vai levar o território para “um abismo”, considerando “a situação preocupante e perigosa”. “A violência (…) vai empurrar Hong Kong para um abismo e mergulhar a sociedade de Hong Kong numa situação preocupante e perigosa”, afirmou.

“Pensem por cinco minutos, pensem na nossa cidade, querem realmente que seja empurrada para o abismo?”, questionou Lam, com lágrimas nos olhos. As declarações de Pequim representaram um nova escalada na crise política mais grave em Hong Kong desde a transferência de soberania do Reino Unido para a China, em 1997.

Extradição de suspeitos de crimes

 

A contestação social foi desencadeada pela apresentação de uma proposta de alteração à lei da extradição, que permitiria a extradição de suspeitos de crimes para jurisdições sem acordos prévios, como é o caso da China continental. A proposta foi, entretanto, suspensa, mas as manifestações generalizaram-se e reivindicam agora medidas para a implementação do sufrágio universal no território, a demissão da atual chefe do Governo, uma investigação independente à violência policial e a libertação dos detidos ao longo dos protestos. A transferência de Hong Kong e Macau para a República Popular da China, em 1997 e 1999, respetivamente, decorreu sob o princípio de “um país, dois sistemas”, precisamente o que os opositores às alterações da lei garantem estar agora em causa.

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