Grécia vai fechar os três maiores campos de refugiados nas ilhas do Mar Egeu

A Grécia anunciou hoje que os três maiores campos de migrantes nas ilhas de Lesbos, Samos e Quios, no Mar Egeu, serão fechados e substituídos por estruturas fechadas que triplicarão a sua capacidade.

Grécia vai fechar os três maiores campos de refugiados nas ilhas do Mar Egeu

A Grécia anunciou hoje que os três maiores campos de migrantes nas ilhas de Lesbos, Samos e Quios, no Mar Egeu, serão fechados e substituídos por estruturas fechadas que triplicarão a sua capacidade. “Descongestionar as ilhas é a prioridade nesta fase”, disse o coordenador especial do Governo grego para as migrações, Alkiviadis Stefanis, em conferência de imprensa. Os três campos – que atualmente abrigam mais de 27.000 migrantes, mas que têm na realidade uma capacidade para 4.500 – serão encerrados, mas a data para o fecho ainda não foi especificada.

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As estruturas vão ter no total 15 mil lugares para os migrantes

No lugar de serem autorizados a entrar e sair livremente nas ilhas, os requerentes de asilo serão fechados dentro dos novos campos para identificação, verificação do seu estatuto e para se decidir sobre a sua realocação ou o seu retorno à Turquia, acrescentou o coordenador especial. As estruturas vão ter no total 15000 mil lugares para os migrantes.

Os outros dois campos, em Cós e Leros, cujas condições são menos dramáticas, serão reformados e ampliados, disse o responsável grego. O Governo do primeiro-ministro Kyriakos Mitsotakis começou a transferir centenas de requerentes de asilo das ilhas do Mar Egeu para o continente, com o objetivo de realocar 20 mil até ao final de 2019. Mas, o descontentamento surge entre os habitantes do continente e centenas de migrantes continuam a chegar diariamente.

O Ministério da Proteção do Cidadão anunciou que 40 mil pessoas chegaram à Grécia nos últimos quatro meses. No último fim de semana, segundo a guarda costeira grega, mais de 1350 pessoas chegaram às cinco ilhas do Mar Egeu. Kyriakos Mitsotakis acusou a União Europeia (UE) de considerar a Grécia e outros países de entrada na Europa como “parques de estacionamento convenientes para refugiados e migrantes”. A UE “ignora o problema” do aumento de chegadas de migrantes na Grécia, alertou, numa entrevista ao jornal alemão Handelsblatt.

“Isto não pode continuar assim”, alertou o primeiro-ministro grego. Atualmente, mais de 32 mil pessoas vivem em condições miseráveis nos cinco campos onde são registados os migrantes, nomeadamente em Lesbos, Samos, Leros, Chios e Cós, que têm uma capacidade teórica para apenas 6.200 pessoas.

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