Governo cabo-verdiano pede compreensão a passageiros afetados por cancelamento de voos da TACV

O Governo cabo-verdiano pediu compreensão aos passageiros afetados pelo cancelamento de voos da companhia área TACV, assegurando estar a procurar alternativas para colmatar a falta de aviões provocada pela avaria do único Boeing da empresa.

Governo cabo-verdiano pede compreensão a passageiros afetados por cancelamento de voos da TACV

O Governo cabo-verdiano pediu hoje compreensão aos passageiros afetados pelo cancelamento de voos da companhia área TACV, assegurando estar a procurar alternativas para colmatar a falta de aviões provocada pela avaria do único Boeing da empresa.

“O Governo está a trabalhar para se encontrarem alternativas. Aconteceu uma avaria grossa que não estava nos planos da empresa, nem do Governo, numa época alta, em que as folgas em termos de aviões são mais reduzidas. Estamos a trabalhar rapidamente para encontrar alternativas e pedimos a compreensão de todos os que foram afetados”, disse o ministro das Finanças.

Olavo Correia falava aos jornalistas, na cidade da Praia, à margem de uma reunião de seguimento do programa de apoio norte-americano Millennium Challenge Account Cabo Verde – MCA-Cabo Verde II.

A companhia aérea cabo-verdiana TACV, que desde agosto assegurava apenas as ligações internacionais e regionais cancelou, desde o início do mês, a quase totalidade dos voos para a Europa, Estados Unidos e Brasil, mantendo-se os cancelamentos até segunda-feira.

Em sucessivos comunicados, a empresa explicou que esta situação foi causada pela avaria no motor do único Boeing 757 ao serviço, não tendo sido possível encontrar aviões disponíveis no mercado para fazer as ligações. Também segundo a empresa, os passageiros afetados, que apesar de não ter sido avançado um número exato se estima sejam na ordem das centenas, estão a ser reencaminhados para os respetivos destinos através de outras companhias.

A companhia aérea pública cabo-verdiana está em processo de reestruturação com vista à sua privatização, tendo o Governo assinado com o grupo islandês Icelandair um contrato de gestão da empresa pelo período de um ano.

O referido contrato previa a disponibilização por parte da Icelandair à TACV de dois aviões até final do ano

Questionado sobre se a atual situação de emergência na companhia aérea não poderia ser resolvida com recurso ao estipulado nesse contrato, Olavo Correia adiantou que “essa valia não fazia parte da programação”.

“O acordo tem um cronograma e essa valia não fazia parte da programação. A partir de finais do ano teremos alterações substanciais. Estamos a trabalhar afincadamente para encontrarmos uma alternativa para que o impacto nos passageiros seja o menor possível”, disse.

Com um passivo acumulado de mais de 100 milhões de euros, a TACV assegura agora apenas as ligações internacionais depois de o Governo ter negociado o exclusivo das ligações no mercado doméstico com a Binter Cabo Verde, empresa na qual entrou com 49% do capital.

Desde quinta-feira, que a empresa deixou também de fazer ligações com o continente africano. A TACV tem ligações aéreas regulares para a Europa, nomeadamente com Portugal, Brasil e Estados Unidos.

 

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