
Governo angolano vai reforçar polícia com efetivos e meios para assegurar eleições
Eugénio Laborinho falava na província angolana de Benguela, litoral sul do país, no ato central dos 46 anos de existência da Polícia Nacional, que hoje se assinala.
O governante angolano frisou que, nos últimos anos, a Polícia Nacional vem fazendo um esforço gigantesco para se modernizar, apesar dos parcos recursos financeiros e humanos que possui, realçando que ao longo desse percurso histórico muitos dos seus melhores efetivos perderam a vida no cumprimento da missão.
Segundo Eugénio Laborinho, a polícia continuará a apostar na formação dos seus efetivos a todos os níveis para que possa elevar os números de eficácia e eficiência, que respondam aos desafios da criminalidade.
“Vamos continuar a prestar uma atenção especial aos efetivos, especialmente os mais antigos, tendo em conta a sua experiência e os anos de trabalho que têm na corporação”, referiu o ministro, salientando que, apesar da crise económica, agravada pela pandemia, “sempre que houver uma janelinha financeira” continuarão a ser promovidos os efetivos, “em especial os que se encontram no posto há mais de 10 anos”.
O titular da pasta do Interior destacou que o 46.º aniversário da polícia coincide com o ano das eleições gerais no país, que exigirá dos efetivos muito trabalho, dedicação, sacrifício, vigilância, espírito de missão e disciplina.
“É com estes atos e com a vossa coragem e empenho que será possível enfrentarmos os desafios que se nos colocam no domínio do asseguramento do pleito eleitoral, em articulação com os outros órgãos de defesa e segurança”, disse.
Eugénio Laborinho defendeu a continuidade da aposta na moralização dos efetivos, incutindo o amor à pátria, respeito pelos cidadãos, pela coisa pública e privada e pelos símbolos nacionais de Angola.
“Iremos elevar a capacidade operacional da Polícia Nacional, com o reforço de efetivos, meios rolantes e outros equipamentos especiais, para que as eleições gerais previstas para agosto do ano em curso, decorra num ambiente de paz, harmonia, ordem social e segurança”, sublinhou.
Nos últimos meses, prosseguiu o ministro, têm sido alocadas viaturas, motas e meios não letais aos distintos órgãos do Ministério do Interior e, em especial, aos comandos municipais da Polícia Nacional para as ações de prevenção e repressão à criminalidade, processo que “vai continuar, visando a capacidade da melhoria de resposta operacional”.
De acordo com Eugénio Laborinho, a polícia deve continuar a privilegiar o diálogo com a comunidade, sobretudo com a juventude, no sentido de evitar a vandalização dos bens públicos, desacatos, violência, entre outros.
Por sua vez, o comandante-geral da Polícia Nacional, Arnaldo Carlos, o órgão que dirige está empenhado na criação de condições operacionais e logísticas, bem como na capacitação dos seus efetivos, visando elevar os níveis de segurança antes, durante e depois das eleições gerais.
“As principais missões da Polícia Nacional estão determinadas e resumem-se na necessidade de manter uma postura implacável no combate à criminalidade, com maior destaque aos crimes violentos, dedicando particular atenção aos atos que visam a destruição de bens públicos e a incitação à rebelião”, disse.
Arnaldo Carlos realçou que para uma eficaz prevenção e combate aos crimes é preciso o envolvimento das famílias e a participação das instituições da sociedade civil, igrejas, autoridades tradicionais, tanto no meio rural como urbano.
“A Polícia Nacional tem procurado melhorar o seu desempenho, visando assegurar a ordem, a segurança e tranquilidade públicas, proteger as pessoas e bens, prevenir a criminalidade e contribuir para o normal funcionamento das instituições democráticas, bem como regular o exercício das liberdades fundamentais dos cidadãos, primando sempre pela legalidade”, expressou.
NME // LFS
By Impala News / Lusa
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