França critica “condenação ultrajante” de jornalista norte-americano na Rússia

A França lamentou hoje a “condenação ultrajante” do jornalista americano Evan Gershkovich e apelou para que as autoridades russas libertem “todos os presos políticos”, tanto do país como estrangeiros.

França critica

“A deriva repressiva do regime russo continua a intensificar-se”, lamentou Christophe Lemoine, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros francês, num comunicado de imprensa, sublinhando que a França está “muito preocupada com as restrições cada vez maiores à liberdade de expressão, à liberdade de informar e ao acesso a informações independentes na Rússia”.

Paris pede a Moscovo “para que respeite os direitos e liberdades fundamentais em conformidade com os compromissos internacionais da Rússia”.

Na sexta-feira, um tribunal russo condenou o jornalista americano Evan Gershkovich a 16 anos de prisão, após o fim de um rápido julgamento à porta fechada, sob a acusação de “espionagem”, uma acusação que nunca foi fundamentada pela Rússia.

O repórter do Wall Street Journal, de 32 anos, terá de cumprir a sua pena numa colónia prisional de “regime estrito”, o que significa condições de detenção muito rigorosas em comparação com o “regime normal”.

Evan Gershkovich é o primeiro jornalista ocidental a ser condenado na Rússia por espionagem.

No entanto, a sua condenação é uma condição prévia para uma possível troca de prisioneiros com Washington, uma vez que Moscovo só troca detidos se estes forem condenados.

Na sexta-feira, o Presidente dos EUA, Joe Biden, afirmou que os Estados Unidos estavam a trabalhar “incansavelmente” para garantir a sua libertação.

PJA // MSF

By Impala News / Lusa

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